➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Uma das ultimas cartas...

Culpamos um ao outro. Julgamos. Machucamos. E ainda, insistentemente, fazemos isso. Não vou dar a mão pra quem vai voltar pra trás quando encontrar a primeira porta. Eu quero, entenda bem, você na minha vida. Mas ainda não estamos prontos pra isso. Mais uma tentativa agora, é mais uma mágoa amanhã. Vamos ficar bem, vamos ficar perto. Vamos tentar melhorar esta situação. Os dias quentes estão vindo. Quanto mais apressarmos isso, mais vai doer. Entende isso ? Não é que do seu lado meus sorrisos não sejam sinceros e espontâneos, é que do seu lado tudo de ruim parece nos focar. Não é com você, não é comigo. É com a gente. Eu acredito sim que pode ser melhor, mas nós temos que nos tornar melhores. Assim, desse jeito, só vamos nos ferir mais e mais. Garoto, eu amo você. Desde aquele 15 de abril, até antes. Eu só queria que você soubesse, que entendesse. Nós ainda somos duas crianças fazendo birra, ainda somos. Crescemos, mas não evoluimos. Ficamos maiores, mas não melhores. E eu te amo sim.  Se três anos não tiraram você da minha vida, os novos tempos só virão pra confirmar o quanto és importante. É tempo de despedidas. Você também está se despedindo de alguma coisa. Vamos passar por isso bem, nem precisa ser perto, mas juntos. Com força, com fé, com amor. Sem exigências. Lembra ? Eu te amo. E nada supera.

renatinhaot

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Palavras me faltam pra expressar o quanto és amado.

Eu passei tanto tempo andando no escuro, tanto tempo acreditando que ia dar certo. Tanto, que aquele fogo que um dia iluminou a vida de todos, se findou. Sim, sobrou algo, cinzas. Frias e amargas.  Não desejo mais o vestido branco, não acredito mais na pura santidade de alguém. Não quero mais a carreira amada. O sonho já não me seduz como antes. E tristemente fiquei assim, rígida até com o que me era mais importante. Dos interesses mais distantes aos meus planos mais apaixonados. Tudo virou questão de conveniência. O corpo virou objeto, a alma, algo ignorável. Eu virei aquilo que mais abominei.  Nos tornamos tão rudes com a gente, que mesmo o grande amor que nos une, nada mais significa. Ainda damos mais valor aos nossos podres valores, ainda nos importamos com tudo que nos machucou. Eu me importo. E hoje, quando o amor se dá pra mim de uma forma tão singela e apreciável. Tenho medo. Medo de não notá-lo, de deixá-lo ir, de agir mal com ele. Mas é bom, eu to feliz. Mas é ruim, já não vale mais a mesma coisa. Perdoe-me amor, perdoe-me pela fria postura que assume diante de tudo que me cerca. Perdoe-me por reconhecer e não dar-te a devida atenção. Não tem mais poesia em mim. Ela também fugiu. E palavras me faltam pra expressar o quanto és importante. O quanto és amado.

renatinhaot

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O RIO TIETÊ

 O Rio que percorre nosso estado de leste a oeste, banhando diferentes cidades , atravessa São Paulo. Por nascer em meio as Serras, sua estrutura não conseguiu atravessá-las para que ele pudesse desaguar no mar, assim o rio s expandiu para o interior.
 Em São Paulo, o Rio Tietê tem uma longa história de amor e de poluição. Desde os primórdios da colonização, foi apontado como objetivo e direção, que ensinou novos caminhos e acompanhou os Bandeirantes exploradores da terra. Mas, por todo a evolução que se deu, às margens do Rio Tietê e de sua estrutura ainda bruta, a partir da década de 1950 com avanço populacional e o crescimento industrial desordenado em São Paulo, o rio passou a receber esgoto doméstico e industrial, deixando as águas poluídas e contaminadas.
 Com seis bacias que passam por 62 municípios diferentes, a explosão da industria e da população não deixou que a estrutura do Rio se adaptasse as novas necessidades. O que existem hoje, apenas, são canais por onde deságuam o esgoto de casas, bairros e cidades ao redor do rio, sem tratamento algum.
 Assim, o Tietê que em seus primórdios era usado para esportes aquáticos ao passar do anos tornou-se ponto de deságüe do esgoto das gerações seguinte.
E este uso indevido da população aliado a falta de tratamento e da falta de investimento das autoridades, resultou em um rio sem vida e ameaçador. O rio Tietê além de não ter mais possibilidade de vida em seu leito, agora traz consigo grandes vírus e bactérias que em contato com o ser humano, pode causar infecções e doenças.



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domingo, 20 de novembro de 2011

E foi bem complicado passar por tudo isso. Mais um ano, ta ai, no fim. Ele voltou, outros vieram. A dor da saudade no peito latejou por muito tempo, as convicções  vieram e da mesma forma, se foram. Todas as certezas foram destroçadas e de mim sobrou isso, ou, resultou nisso. Doeu muito ver que o maior amor pode deixar-nos na mão, e que ainda existe gente que nos deixa na mão. Tão pouco tempo e eu já cansei, já desisti. Cansei das duplas palavras, da falta de confiança, da pressa, da raiva. Cansei daqueles que só sabem te olhar pra ver o lado ruim. Chega disso e chega dessa influencia. Dos que não sabem lidar nem com o proprio tempo. Sem esperar e sem qualquer lembrança. Vamos começar de agora, sem esperar o próximo ano ou a proxima festa. Que isso mude. Que isso acabe.

renataoliveira

domingo, 6 de novembro de 2011

Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio falar sobre crianças, empregadas e liquidações. Tenho vontade de cometer haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita à beça usando um lencinho amarrado no pescoço. Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo. Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu anti socialismo interno. Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa, impulsiva e um verdadeiro desastre na cozinha. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos. Tenho um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem ortodoxa. Já o coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de qualquer um que me convide para um chope. Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas idéias viris. Afino a voz, uso cinta-liga, faço strip-tease. Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se. 
Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promíscua. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também."

marthamedeiroa

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Hipocritamente, feliz


Faz tempo que não escrevo sim, querido. E esse clima, típico dos ultimos dias de outono e dos primeiros da primavera, ainda me da vontade escrever. O tempo anda passando bem rápido do que eu esperava, Darling. E ainda não recuperei aquele ar tranquilo e aquele sorriso fácil. Verdade seja dita ? Ela já foi tantas vezes. Estas cicatrizes me tornam quem sou hoje, e elas ainda aparecerão, por mais feliz que eu seja. Ainda tenho aquelas vontades, lembra ? - Pega esse casaco menina, pega o café e vai, uma hora a coisa melhora. Mas nao melhora não, querido. Nao dói mais, não agoniza mais. Mas deixou ai, pequenas grandes marcas. Profundas e relevantes. Da pra me perdoar por isso ? Por ter explorado a mim mesma, a ponto de sobrarem apenas vestigios do que ja fui. Eu me tornei algo que eu já abominei. Espelho do que ja fui. Contrária a tudo em que acreditei.     Fria. Preparada. Nostalgicamente feliz.

renataoliveira



Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.