➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Era uma aflição esquisita, sentia que só um corpo quente e uma garrafa de vodka fariam passar. Precisava de um momento extremamente humano, para voltar a ser sublime.  Não era mais por ele e com ele, o negócio agora era ela, o que ela queria? Já tinha deixado amores pelo caminho e encontrado também, não o encontrou? Era hora de romper com os padrões, com aquilo que carregava a muito tempo. Sentia necessidade apenas de se encontrar e de se resolver, de poder deitar na cama com quem quer que fosse e gozar da paz de ser só sua. Não queria competir, competia consigo mesmo pela paz de seus sonhos. Era assim que via agora, um novo caminho disposto a sua frente. Mas faltava coragem, faltava a força de dar a cara à tapa. Mas ia, seguia. O fim de semana chegava, com ele o álcool e as amizades fáceis. O que viesse depois da loucura, era lucro.

rot

sábado, 23 de novembro de 2013

Lânguida e nua, para volúpia tua.












Amava-o ainda mais porque ele a despertava, seu sorriso, sua vontade, sua inspiração. E também porque aquele era um momento único, não podia desperdiçar amor, já não tinha muito. Lutara contra aquilo que nascia, mas se já não estivesse ali, infrincado na mente, seduzindo-a voluptuosamente, também ela não teria a necessidade de lutar. Era um jogo perdido, mais uma tentativa vã. Se apaixonava cada vez mais,  e ali, criava raízes; raízes que alimentavam o que sentia, o que ainda não sabia definir.

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terça-feira, 12 de novembro de 2013

A noite nunca tem fim ♫

Tinha coisas que  ele não precisaria saber, tinha coisas que não contaria para ele. Estava perdidamente apaixonada. Amava-o enlouquecidamente. Mas de que valeriam palavras naquele momento? Valeriam pra ele alguma coisa? Preferia não arriscar, tê-lo ali, ainda que não por amor, já era tê-lo. Mesmo que por meros momentos, mesmo que infimamente. Tinha, por alguns minutos. Por um pedaço da eternidade. Não estragaria o momento com sentimentalidades e com devaneios, sonhando ter algum dia ele ao teu lado, mas sonhava. Afinal, era verão. O momento dos sonhos, das loucuras, dos desejos mais quentes.
 
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domingo, 10 de novembro de 2013

Sonho de uma noite de verão - Parte (Não me lembro qual)

Ele sentava ao seu lado, falava, brincava. E cada palavra dele era motivo pra sorrir. Não era mais um simples caso casual, já tinha virado amor isso aí. E tinha mesmo. A presença dele a excitava, animava-a a viver. Eram, as poucas horas em que estavam juntos, as melhores de sua semana, de seu mês. Quando com ele, calava-se em êxtase, porque tinha tanto o que falar, tanto que declarar. Mas não sabia se pra ele era tudo aquilo. Eram suas noites de sono, suas tardes quentes, seus pensamentos mais limpos e sórdidos que estavam em jogo. Era a vida que ela tinha se disposto a viver. A vida que ele já tinha construído.
Amava-o. Agora, incondicionalmente. Amava pelo que era, pelo amor que sabia que ele carregava no peito e pelo que eram, ou não, quando juntos. Sentia tudo isso, mas carregava no peito a opção de não poder dar certo. E deixava a saudade pra depois, o agora era mais importante.

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Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.