Era a tarde de um domingo gélido. Ele sentando na cama com o resto imerso nas mãos apoiadas nas pernas. Ela embaixo da janela, abraçada o joelho. Não se sabia o que passava ali, ele tremia como se estivesse sendo possuido por uma imensurável dor, e ela sorria em meio ao escombros daquilo que tinha sida um nós. Era dificil. Ela tinha tomado a decisão. Quantas vezes lhe implorei para que não me deixasse cativar por outra pessoa? O indagou. E ele humildemente lhe disse: A hora que me perguntaste isso, já sabia que estavas cativada por outro, mas fui fraco pra deixá-la partir. Eles se conheciam, se amavam profundamente. Mas ele não tinha coragem de deixar de ser o menino mimado e ela não tinha a de deixar sua juventude em um poço frígido. Eles conheciam seus defeitos, os amavam também, mas não tinham força pra sustentar um outro. Eram carentes de alguma coisa, de atenção, de reciprocidade. Eles sempre foram iguais, até nos defeitos, até o final.
renataoliveira
Um talento feminino na internet, uma Renata Oliveira singular...
ResponderExcluirAplausos.