Desapaixonou. Cansou. Apagou. Não há mais fogo, não há mais ar respirável. Até a cinza se queimou. Nem escrever ela escreve mais, não anda mais com prazer pelas ruas da sua cidade mãe, não purifica mais a alma no banho longo das manhãs de sábado. Ela perdeu os sentidos, perdeu o sentido. Não há motivo para estar, mas está. Não há ser, mas ela insiste em parecer. Ela segue, pra continuar, pra ver se ela se apaixona pela vida de novo, se volta a sorrir e apreciar o sol que invade seus poros e a energiza. Ela sabe que vai voltar, mas não sabe quando.
renataoliveira
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