Amor novo, foi assim que disseram pra ela. Se assustava com os corações experientes que reconheciam de longe a mudança na batida e no sentido, daquele, tão ingênuo coração. Percebera ali que ele já era parte de sua vida. Era com ele que era queria perder as horas. Ignorava a realidade, e como num desenho, preferia a ilusão ao desespero. Não podia se imaginar com ele daqui um tempo e com horas de sono perdidas naquele corpo, mas também não se deixava lembrar que um dia ele ia embora, que aquilo não a pertencia e que ela era totalmente dele, mas ele não era nada dela. Era só amor, sonho, desejo, vontade, tesão, a presença real do personagem principal de seus devaneios. Apenas isso. Sentiria saudade, sentiria falta, sentiria uma vontade incontrolavel daquele corpo cada vez que sentisse o cheiro. Mas se conteria, esperaria a vontade dele, que a loucura dele acompanhasse a dela, que tudo desse certo. Ia se permitir, apenas isso, precisava disso.
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