A ausência dele me machuca, mas também me faz mais forte. Era como a morte de toda a minha esperança, de tudo que um dia eu esperei da emoção de ser só dois. Eram minha a ultimas forças, foram minhas últimas lágrimas. Amei enlouquecidamente, o único a quem chamei de noivo. É estranho ver os sonhos morrerem e saber que eles precisam morrer, é difícil aceitar que tudo que você mais quis talvez não seja o certo e nem o melhor pra você. Mas se é sua felicidade, quem saberá o que é certo pra você? Abriria não do Direito, da Promotoria, pela casa com minha cara, o berço e o quadro na parede com nosso retrato em banco e preto. Largaria o salário, as noites na rua, os prazeres mínimos pelo prazer de ser e fazer o outro feliz. Mas não foi assim que aconteceu, não foi assim que terminamos. É difícil entender que vivemos para fazer o outro feliz, e não para sê-lo. Mas ainda pior, é continuar disposta a cumprir essa missão diante de ofensas, de críticas, de dores que não são do casal. Será que desaprender amar meu Deus? Será que doeu tanto que eu já não consigo ir além de mim? Sei que dói é que faz falta. Uma paz dolorida, mais ainda assim, paz.
Renata Oliveira
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