➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Mulher Vermelha

Sobre como passei de simples menina, a dona de mim:
Quando escolhi o Mulher Vermelha como codinome, era apenas uma estupenda paixão pela letra do Cazuza e pelo batom vermelho. Paixão adolescente, coisa de menina. Eu nunca me senti mulher, sempre amei como menina, me vesti como menina, me relacionei como menina. Até tempos atrás. Quem leu o MV vê o quanto evolui, cresci, aprendi. É claro! Mas mesmo com isso, eu não reconhecia que não era mais a garota dos sonhos e desejos inalcançáveis. Agora, era eu a menina com todas as cartas na mão e me tornei mulher, quando as pus na mesa. Foi ali, naquela primeira decisão, naquele primeiro rompimento, na quebra daquele cabaço de escolhas, que eu me tornei o que sou hoje. Uma mulher capaz de escolher o que quer e ir atrás, de dizer sim, mas acima de tudo, dizer não. Mulher que pensa, administra, sorri, chora, bebe, cai, levanta e tudo isso com o batom vermelho do lado, pra não perder a essência. Mulher em fase de amadurecimento, que ainda vai dar muito caldo, muito trabalho, muito orgulho. Eu duvidei, Epicuro, mas minha alegria está chegando. Meus dias de luta sempre existirão, mas as glórias estão chegando também. E hoje, já não falo como a menina que sonhava, mas como a mulher que planeja; ainda soa estranho, ainda é engraçado falar isso, mas a hora chegou. A hora da travessia. 

Renata Oliveira

4 comentários:

Manifestos



Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.