Ela só queria viajar, conhecer sentimentos e emoções, amar, ser amada, sentir o vento frio do inverno que chega bater em sua cara quente do verão que não quer se despedir. Ela só queria ter alguém que entendesse suas crises, sua poesia, seu amor por dormir e sua vontade de louca de viver. O mundo era pouco pra ela, o dia era curto. Não foi feita pro horário comercial, tão pouca pra ser trancada em paredes cinzas com o frio do ar condicionado. Nasceu pra viver, não pra respirar. E agora, o que mais doía dentro daquele coração era não ter alguém pra segurar sua mão e aceitar rodar a cidade, o país, o mundo. Um dia encontrou um com a mesma poesia que a dela, mas sem a coragem. No outro, encontrou quem faria dos seus dias quentes até no frio do Rússia, mas ele não queria viver. Depois, encontrou que quem queria viver, mas não podia, não via poesia. Optara, então, aquele dia que seria só ela e o resto dos dias; apesar do medo, apesar das contra-indicações, do tempo, do dinheiro, da falta de alguém. A vida não tinha mais segredos, só exigia vontade!
Renata de Oliveira
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