Sonhei com você. Nós dois no sofá aqui de casa - que foi palco de uns orgasmos bem memoráveis -, você com sua boca mole, eu com minha vontade de sempre. Parecia haver esperança, parecia que você voltaria, que largaria tudo, que daria vazão ao que de fato, sentimos. Parecia, como pareceu todas as vezes em que você voltou, em que quis conversar, todas as vezes que pediu desculpa por suas palavras grosseiras. Esse rancor todo te machuca, me machuca, nos impede. Essa história ainda existe em nós, senão você não estaria aqui. Mas você resiste, enquanto eu já desisti de te convencer do quanto a vida pode ser bela, do quanto a minha cama é quente, e de como a gente ainda faz o melhor amor de todos. O tempo tá passando, nossos caminhos cada vez mais distantes, nossas escolhas cada vez mais díspares. Mas eu ainda te amo, mesmo não devendo depois de tudo que você falou, de todas as mentiras e manipulações, mesmo depois de participar da sua traição e de acreditar, tolamente, que algo se resolveria assim. Amor, as coisas só dão certo quando você quer isso, o amor só da certo quando é sustentado por dois seres que lutam pelo mesmo ideal. Eu sinto saudade do nosso corpo junto, e das vezes em que tínhamos objetivos que nos mantinham perto, nosso potencial tá implícito em nosso ser, mas eu não tenho saudade do ser rancoroso, frio e desmedido que você se tornou. Eu te amo, mas nem eu, muito menos você, merecemos isso. Saudades meu menino, te amo.
Rê,
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