Há menos de um ano eu tinha que ir contra a minha opinião e aceitar o cuidado de um terceiro. Eu tive que me cuidar, que me tratar e acima de qualquer coisa, aceitar e conviver comigo mesma sem ferir aos outros. As consultas acabaram, o remédio parou, ele não está mais na minha vida. Mas isso não significa que passou pra sempre. Ser ansioso e ter o início da depressão é aprender a conviver com dias de alegria imensa, e de tristeza absoluta. Sou grata aos caminhos que a vida me levou, e as mudanças que Deus caridosamente fez no meu ciclo social, mas às vezes da vontade de me enfiar num quarto escuro e chorar. Às vezes eu sinto saudade dele, mesmo sabendo que isso foi melhor. Às vezes eu acho que sou uma fracassado intelectualmente e profissionalmente. Às vezes eu não quero ouvir falar da minha família. Mas então eu me faço um favor, e me dou um tempo. Deixo de pensar, durmo, tomo um porre, relaxo e tudo volta ao normal. Aprendi o sentido de descansar ao invés de desistir, aprendi a fortalecer os meus laços e a impor minha ausência. Família, noivo, amigos, faculdade, trabalho, subgrupos, cachorros, sobrinhos, academia, às vezes todos eles têm que saber que você está off line, desligada, e que o seu tempo é seu, não deles.
R.
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