Ele não era mau, não era assustador ou agressivo como muitos o intitulavam. Ele sorria, galopeava como um bezerro novo, meio desajeitado e muito feliz. Não podia ver um osso, um pneu, ou uma bolachinha. Tinha gostos excêntricos, confesso. Gostava de água fresca, sol e carinhos constantes na barriga. Cada ferida curada foi uma vitória e uma alegria. Cada ronco matinal era uma declaração de amor. Ele era assim, carinhoso, amoroso, todo cheio de dengos e vontades. Ele era meu dono, não o contrário. E até no fim ele foi desse jeitinho: grato. Pela vida, pelo último passeio, pelo colo, pelo alívio da dor. Até o fim ele foi o amigo bonzinho e carinhoso, até no fim ele nos ensinou e amou. Ele era isso: amor, lealdade, pureza. Ele era serenidade e calma. Ele era a melhor parte do dia. E eu amarei até depois do fim, com o coração cheio de saudade e afeto, cheio de Gotas de amor.
R.
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