Eu nunca mais vou viver isso, o dia em que te conheci. Eu estava cansada, há três dias sem dormir. O medo da exaustão interferir na sua chegada me consumia, mas eu confiei em Deus e entreguei nosso processo. Seu pai estava ali, pudemos descansar e ser acolhidos com carinho e cuidado. A cada dor eu só pensava que estava mais perto de você chegar, cada suor, cada momento, eu só entregava que estava mais perto de nos conhecermos. Foram seis horas de intensa atividade e entrega, não. Foram nove meses de intensa entrega. Ainda bem que eu pude me cuidar, que eu pude me preparar, que pudemos cuidar de cada detalhe para que você chegasse em um ambiente saudável e feliz. Estava tudo pronto, só faltava você. E você chegou. Chegou quando quis, da maneira que quis, e nós pudemos te receber com respeito e amor. Eu nunca mais vou viver esse dia, mas eu lembrarei para toda a eternidade que você veio direto para os meus braços, que seu pai viu a perfeição que fizemos, e que sem chorar você nos abraçou. Você tinha o melhor cheiro do mundo, o cheiro do nosso amor concretizado em uma nova alma. Eu te abracei e você me abraçou de volta, me acolheu com todas as dores, todos os defeitos, e trouxe o alívio que meu corpo e meu coração precisavam. Você me trouxe a paz de entender que os processos, as dores, as escolhas e a culpa sempre existirão, mas a felicidade de estarmos juntos supera cada momento. Você me fez rever opiniões, transformar atitudes e seguir confiante de que juntos seremos melhores e felizes. Você me fez melhor, minha pequena. Obrigada por me escolher.
Renata Oliveira, sua mãe.
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