Ainda era inverno, mas os dias já estavam claros, o sol aparecia. Ela teria que enfrentar o resto sozinha, já não tinha mais um refugio a quem recorrer. Os dias aqueciam-se lentamente, mas ela jurava não mais reagir da mesma forma. Abandonar aquele março chuvoso e surgir nova. Nada de arrefecer, agora o que valia era se libertar, dela mesma, de suas vontades. Ele não mudaria, aquela era a essência dele, que a machucava, que a doía. Ela lutava com a esperança, queria não ter. Queria aproveitar o sol que havia do outro lado da janela. Queria ser feliz. Mas não fazia sentido sem ele. Que havia de acontecer agora? Seguir em frente ou guardar o luto? Ela optou por continuar ali, até não poder mais.
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