fail,

você sabe bem que eu nunca lidei bem com fracassos, mas as perdas, eu nunca superei. ontem foi um dia de perdas dolorosas ao meu redor, e meu coração dói. eu lembro daquele serzinho, lembro do Thomás. Como seres tão pequenos, mudam tanto nosso coração? Os dias bons foram tomados pelo cinza dos prédios e do frio. Estava tudo indo tão bem, o despertar cedo, o cumprir as metas, a matéria em dia. Eu não precisava disso agora. Me ajuda, Deus. São dias difíceis.

rof.

por quê?

um dia meus poucos amigos me convenceram a enriquecer os vínculos e agregar pessoas boas em meu convívio. eu inocentemente aceitei. acontece que eles não tinham a mesma visão de amor e doação, a mesma ideia de reciprocidade e gratidão. eu fui recíproca e grata, eu fui carinhosa e confidente, eu acreditei nas forças dos vínculos. hoje, depois de muito insistir e esperar, minha fé nessas pessoas já não é a mesma. minha disposição já não é a mesma. acontece querido, que eu devia ter investido meu tempo em dinheiro, muito antes, no sonho de estar onde estou, agora. um amor do outro lado da cama, a geladeira com vinho e alguns legumes, uma casa cheia de amor. se eu não tivesse me desviado do caminho, se eu não tivesse me doado tanto, talvez a listra de livros estivesse em dia e o coração sem tantas decepções. por que as pessoas não recíprocas, me diz?

rof.

meu riso,

“Às vezes olhavam-se. E sempre sorriam.” 

Caio Fernando Abreu

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ela não pode, mas eu sim

Eu cresci ouvindo que eu não tinha nenhuma amiga além dela, que eu não podia conversar com as meninas, e que passar um tempo na casa de uma colega era dar margem pro Diabo agir. Ouvi do meu pai que eu não podia sair, e pronto. Mas mesmo assim eu fiz tudo o que eu bem quis, escondido. E por isso, antes de entender que eu devia resistir e que ninguém poderia se aproveitar do que eu sou, eu aceitei que falassem coisas que eu não merecia ouvir, aceitei que me negligenciassem, que usassem contra mim meus atos. Só que eu cresci, eu entendi que esconder não ia servir de nada e me aceitei a só me comprometer com alguém que entendessem que eu fui, quem eu sou e tudo o que posso ser. E esse alguém apareceu, numa dessas noites corrompidas da vida. Ele apareceu e tornou tudo mais bonito, mais singelo, mais feliz. Mas então eu descobri que ele não é perfeito, e que ele também acha que pode mandar em tudo que sou. Por quê? Por que eu não tenho o mesmo direito e as mesmas possibilidades? Por que quando ele faz é normal, e quando eu faço é um absurdo e eu devia ter previsto as 2.000 possibilidades e pedido permissão? Por que só eu devo me importar em cumprir as atividades, em deixar tudo lindo e ainda em passar minha agenda pra autorização? Por que se ele faz é normal, e se eu faço é um ato de descuido? Talvez porque por minha natureza eu tenha passado dos cuidados da minha mãe aos dele, talvez porque por essa natureza eu deva ser subordinada, talvez porque é muito absurdo você equiparar situações. Não é mesmo? Mas eu resisto, minhas definições de respeito estão de acordo com todas as minhas atitudes, só falta as pessoas entenderem isso.

ROT.

Você já sabe o jeito
Que eu gosto de ficar
Deito no seu colo e me derreto
Entro numa brisa diferente
Sento, sinto você por dentro
Só com você que eu consigo
Baby, quero você por mais tempo
Foi você quem me ligou
Pra que tanto argumento?
Melhor me dar amor do que querer mudar todo o clima do tempo, baby

nossa luz, deixa brilhar ♫

Deixa eu contar tudo que eu captei
Você me deixou no escuro, eu não me adaptei
Seu silêncio me fez gritar e eu me compliquei
Mas vou lutar por tudo aquilo que eu sempre sonhei
Acordar do seu lado e te tratar como um rei
Sei bem o que você quer e o medo que cê tem
De depois não querer viver mais nada com ninguém
Sente mó medo de ver assim preso a alguém
Melhor não desistir de nós, meu bem
Acho maldade me deixar esperando assim
A sensação é tão boa quando eu te vejo sorrir
Posso dizer que a solidão nada nos convém
Eu não vou desistir de nós, meu bem
Quando pensar que não, baby, ó nóis de novo aqui
Fazendo amor baixinho pra o vizinho não ouvir
Só deixo ir depois que cê me disser quando vem

by: MATOS, flora.