➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Amargo gosto da revisão,

Perdão, Senhor!

Embora bem intencionado e cheio de boa vontade, nem sempre acertei em meu relacionamento humano.

Eu queria ser uma flor e fui um espinho...

Eu queria ser sorriso e fui mágoa...
Eu queria ser luz e fui trevas...

Eu queria ser estrela e fui eclipse...

Eu queria ser contentamento e fui tristeza...

Eu queria ser força e fui fraqueza...

Eu queria ser o amanhã e fui o ontem...

Eu queria ser paz e fui guerra...

Eu queria ser vida e fui morte...

Eu queria ser carinho e fui rudeza...

Eu queria ser sobrenatural e fui terreno...

Eu queria ser lenitivo e fui flagelo...

Eu queria ser amor e fui decepção...

Recebe, Senhor, em tuas mãos de misericórdia e perdão infinito o gosto amargo desta revisão.

sábado, 25 de dezembro de 2010


"Chegue bem perto de mim.
Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa.
Ou não diga nada, mas chegue mais perto.
Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada.
Daqui há pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo.
Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor, chegue mais perto."



. Caio Fernando Abreu (Ovelhas Negras) .

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bom recomeçar, poder contar com vocês ♪


Ah,    meus amores. Minhas vidas, o que me fez e faz renascer diariamente. Agradeço à vocês por me manterem viva nesse 2010, agradeço à vocês por cada abraço; cada rasteira; cada xingo; cada mordida; cada beijo; cada pinga; cada selinho; cada beijo no nariz; cada risada enlouquecida; cada choro calado; cada agarro; cada música cantada desafinadamente; cada jogo de damas; as fotos; os vídeos; as frases. Foi o conjunto de tudo isso, que manteve forte. Me manteve sã.
É impossível nomear todos, mas lá vão alguns: Alexandre, Caah, Luan, Wass, Well, Bruno, Thalita, Sol, Rafael, Juninho (altas mágoas rs’), Gui, Washington, Mário, Severo, Samuel, Renato, Jú, Valentina, todos presentes e fortalecedores.
Sou enlouquecidamente apaixonada por vocês, é algo inexplicável. É amor, é imenso, é loucura, insanidade & desejo de estar perto. É algo que não consigo descrever, é uma necessidade de estar perto e de rir junto, de cantar, de chorar. É amizade, nos mais belo sentido e sem pretensão alguma. É uma troca de olhares, de fluidos (Uii) que nos faz ser, quem somos. É algo nosso, meu e de cada um de vocês.
São as brigas, os tapas, as mordidas que arrancam sangue, deixam marcas e ferem. Mas que demonstram meu amor ! Cada frase dura, cada emoticon tarado. Eu amo tanto vocês, que sei que Deus pôs vocês do meu lado, para me manterem saudável. Obrigado, mesmo. Obrigado por terem me xingado, por terem me feito aprender. Foi cada patada monstra, muitos bordões. AHAHAHAH’   foi nosso, esse ano foi o começo e a confirmação do nosso namoro, da nossa paixão que espero que seja eterna. Foram momentos especiais, foram risadas em grupo descontroladas, foram momentos calados juntos, risadas baixinhas, broncas de professores que não nos agüentavam mais, veinhas na rua surpreendidas com nossa aproximação (6’
Grata pelo amor, pela dedicação, pela cumplicidade, pela amizade. Pela loucura, que é nos ser !

Renata Oliveira

Revisão

Hoje já é dia 21 de dezembro. Aquele ar diferente do Natal há algum tempo já não chega, não muda nada. É só mais um fim, só mais um começo. Escuto as mesmas músicas da mesma rádio de anos atrás, leio os mesmos livros, acrescento do novo pouca coisa. Não vou me atrever a dizer que sou e serei a mesma; tantas coisas me pegaram de surpresa & tantas outras que chegaram a me chocar. Foi um ano produtivo, não necessariamente bom. Vitórias ? Não vou exagerar, mas meu egoísmo aumentou um pouco. Nenhuma conquista nova, os 15 anos não fizeram a diferença que eu esperava quando eu tinha 11. E olha como falo, como se já tivesse vivido décadas; não sei se passo de quatro. Meu blog teve muitos mais textos, mas como já falei, nada que me agrade ou do que me orgulhe. Textos, dores, agonias, alguns regozijos. Não tenho a vontade de muitos blogueiros, de transformar isso em livro. E me prometi essa semana, não esperar mais nada, não acreditar em coisas incertas. Prometi à mim, (não que seja de grande importância, mas pode funcionar) viver, me entregar, fazer a minha parte. Sonhos não me ajudarão a começar a viver, tão poucos projetos e planos incertos. Vamos viver, vou viver.  Mas entre todo este desgosto visível e esse desprezo perceptível, 2010 foi um ano agradável em algumas partes, foi muito e muito mais bem aproveitado; fiz o que não devia, fiz ainda mais o que devia; experimentei o que ainda não conhecia; fiz o que já conhecia, mas ainda abominava. Não me arrependo, fiz. Fiz com gosto. Sofri com gosto. Amei com gosto. Os amigos adorei de maneira intensa, abracei, ri, beijei, pulei, agarrei, tudo tudo tudo eu descobri e redescobri em 2010. Confesso que esperava menos, ou em alguns sentidos mais. Não queria muito do que passei, mas me tornei o que eu sou hoje. Mas em contradição, aprendi e ganhei algumas outras coisas. No fim, ou quase no fim, eu digo que  foi produtivo; as amizades, as dores e amores entram nesse produtivo. O resto, eu     risquei.

Renata Oliveira

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

força -

"Aquele que não enfrenta o inferno de suas paixões, tampouco as supera."

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mas houve um tempo, em que eu vivia sozinha


Mais um domingo se foi, é chato se preocupar com estar apresentável para os outros, mas já que é necessário; lavei os cabelos, sequei minha franja que insiste em enrolar; lixei as unhas, separei minha roupa. Atos que não conseguem me entreter, não conseguem satisfazer meu desejo de fuga.
Fuga, o que ando tentando fazer; cheguei a essa conclusão esses dias. Conversar com aquele que causou parte de minha de cadência me fez enxergar. Não quero conviver com a dor do que perdi, com a cicatriz, grande cicatriz, que se faz ver em mim depois de tudo que passei.
Quero, independente da forma, não ver mais no que me tornei. Queria não recomeçar, mas começar de novo, ocultar essas cicatrizes e fazer de mim uma pessoa com sentimentos renovados. Mas tudo ao seu tempo, e este tempo não quer que eu comece de novo agora. Deve haver um por quê.
Sempre acreditei na intervenção divina, não vai ser diferente agora. Minha necessidade de acreditar algo se mostra destrutiva; fiquei outra noite sem dormir. Tudo bem, não sou burra, mas amo. Vou acreditar, vou estar aqui, mas não vou me depreciar. Auto-flagelação, não mais.
Os dias querem vir, que venham. Novas amizades querem se apresentar, que cheguem. Novos amores querem surgir, que me possuam. Que tudo siga seu curso, que eu pare um pouco de magoar, à mim e a outros.
Que eu tenha um fim e começo de ano, não pensando nele, como foi em 2010. Mas pensando em mim, pensei nele e ele me deixou, com meu blog.

Renata Oliveira

domingo, 19 de dezembro de 2010

-- discreta droga ,

Aos caminhos, entrego o nosso encontro e se tiver que ser, como tem que ser, do jeito que tiver que ser, a gente volta um dia.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Mais um ano acabou, meu ano de negativas. Incrível como o tempo passa, escrevo e depois não gosto de nada que eu escrevo. Cheguei a pensar esse ano, em apagar este blog, pra eu não ter o que ler das minhas agonias e coisas vividas. Não consegui, seria apagar uma grande parte da Renata, que eu e tantos outros sabem que existe e conhecem. Continua ai, mas não significa que eu goste do que escrevo; reconheço que minha veia poética anda fraca, quase não se manifesta. Mas já tive crises piores, essa eu vou passar. Deixei as expectativas, agonia já vivi demais. Meu corpo vai começar a reclamar de novo, e não quero isso, me apavora ver que já não aceito os alimentos. Eu quero, mas já que isso não basta. Não vou enlouquecer, outra vez. Uma quase morte já me satisfaz, tanto que já consigo falar dela. Já consigo falar com aquele que me feriu e não ficar confusa. Saber o que se quer é divino, e saber que não se pode ter e continuar “calma”, também é útil. Não vou morrer. É triste ver a realidade e a possibilidade se esvaírem.

Renata Oliveira


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

.

"Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso."  

           Caio F. Abreu
 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sabe do que me dei conta ?

Quando enlouqueci e entre na decadência que até hoje me ronda, meu amor só foi fiel à ti e ao meu irmão.

Renata Oliveira

eu sou egoista, eu sou.


O inconsciente não quer vir, agarro meus dois travesseiros e por mais uma vez olho sua foto na minha cabeceira. Tomara que tudo dê certo, ou ao menos, que nós dois sejamos felizes independente de lugar e acompanhante. Vejo a foto, e vejo que você pode ficar só ali, paralisado no tempo como alguém que eu realmente adorei. O fascínio de imaginar você ao meu lado ocupa meu dia, seu jeito, seu olhar, seu sorriso. Um fascínio sem por quê, afinal, por qual motivo eu amaria você assim ? Vou fazer o possível, ainda, pra ter você aqui comigo. Minha filosofia não te convence, mas sei que curioso por mim, você também é. Rezo, peço luz. O desejo é grande, a tentação que é desistir me ronda. Mas posso desistir de quem eu amo ? Eu me perdoaria ? Somos opostos, em tudo, até os astrólogos dizem que é melhor fugir. Mas você, você é aquela questão que eu quero ao menos, conhecer. Desafio ? Se fosse eu já teria desistido, é algo maior, que rege essa minha obsessão por você. Você prefere o talvez, por medo. Eu prefiro o sim/não, pela certeza. Algum dia concordaremos ? Ficaremos juntos ? Eu preferiria ter a certeza do não, do que a incerteza do talvez. Sou a favor de tentar, ou de ser direto. Mas tanta coisa há de vir, e o Xeque-Mate parece se aproximar. Se ele já não passou.

Renata Oliveira

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

No fogo o gelo vai queimar ♫

Nunca fui fã do frio, mas hoje meu corpo pediu calor. A agonia de sentir longe, me fez entrar num estado que não sei definir. Inquieta ? Talvez. Tentei me concentrar em algum texto, não consegui. Fui pro chuveiro, liguei no máximo, fiz cada parte do meu corpo absorver o calor que ele  me propiciava, lavei os cabelos, passei um longo tempo ali. Também não funcionou, ao tentar fazer meu corpo relaxar minha mente continuava nele. Não acredito na desistência dele, mas eu to quase lá. Quero muito escrever, mas uma preguiça me invade. Desgosto ? Muito, algo que tento mudar. Tento. Nada me distrai. Músicas, textos, livros, novelas. Nada funciona, como funcionava. Devo estar imune. Ele anda invadindo meu campo e assim, desvia tudo pra ele; só ele é capaz de me tirar desse torpor. Ele, que pelo visto, vou ter que deixar aqui nas linhas deste blog. Não adianta minha cara de pau, um de nós ainda tem medo. Do que ? De que ? As barreiras são sim, transponíveis e nós somos fortes.Eu amo-te, sem pretensão nenhuma, mas com a necessidade da presença. Eu sou egoísta, quero você para uso meu. Um ótimo uso.

Renata Oliveira

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Essa noite eu tive um sonho, de sonhador maluco que sou ♪

Mais uma vez, naturalmente, você apareceu em meus sonhos. De forma decisiva. Foi simples, mas muito direto. Tenho medo de falar contigo, e ser como o sonho, o momento de decisão. Quero você comigo, mas não quero ter que implorar o amor, se não eu saio; fico ao lado de alguém que queira amar. No sonho, mais do que espontâneamente, nossos lábios se encontraram e desencadearam fatos que só confirmaram o nosso estranho amor. Apresentação, formalidade. Você tomou conta do meu subconsciente, ou eu devo estar me iludindo. Deixa eu gostar de você.

Renata Oliveira

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Amava com a força daqueles que não desistem nunca daquilo que quer ficar !

Eu não aguento mais isso. Eu sinto por você uma obsessão, que não nego. Eu nunca sei o que eu quero, sempre fui volúvel e continuarei a ser. Mas eu to aqui, por você já tem um tempo. Diz pra mim que sim, ou que não. Me tira dessa angústia. Por que eu vou continuar insistindo, por que eu não quero você longe. Desiste, mas me convença a desistir. E a partir desse momento, não mais insistirei e nem lembrarei. Não quero que isso aqui dentro de mim vá embora e tome outro lugar. Eu não quero, aquela vida de novo. Eu quero outro instável comigo, para que eu possa me estabilizar.

 Renata Oliveira

sábado, 11 de dezembro de 2010

Comunidade em Transformação

Por nós, vale a pena.

"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou (...). Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia (...). Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser à toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar."

 

Negativas

E mais um ano se passou ♫ e cá estou, mais uma vez, revendo meu ano e minha vida patética. Sem dúvida alguma, esse foi meu ano das negativas, o ano em que cai na real da vida. Perdi meu amor, perdi amigos, perdi a pouca vergonha que eu ainda usava. Perdi e fiquei olhando; perdi mais que ganhei. Não fiz nada de muito útil, continuei com a mesma personalidade implicante. Quase morri, quase tive um enfarto quando deparei com minha mãe me balançando pensando que eu ia morrer. Quase me afundei, quase. Foi o ano das negativas, dos quase e dos talvez. Mas eu tive tanta sorte, eu deixei Deus tão de lado e ele ficou comigo, ele não deixou que eu cometesse um erro ainda maior, ele não deixou que eu afundasse minha vida, me pegou pelo último sopro da minha alma. Ele continuou ao meu lado, ficou comigo e me mandou novos motivos para seguir . Ele viu minha dor, acalmou meu choro e silenciou meu grito, me mandou anjos e cúmplices, me mandou amigos, novas pessoas para amar. Foi o ano em que me dei conta do quanto o ambiente ao meu redor me afeta, o quanto a hipocrisia ao meu redor me dá repulsa e o quanto eu não posso conviver com gente torpe. Foi o ano em que me libertei, da pior forma possível, que adquiri o conhecimento que me fudeu, literalmente. Ah como a ignorância me faz falta. O mundo realmente jaz no maligno. Vi promessas serem quebradas. Apostei, e perdi. Tentei buscar algo sério, mas continuei presa no que me arruinou. Caminhei sem rumo, me entreguei, corri, perdi o prazer nas coisas que gostava. Me mantive agarrada aos meus princípios que me levaram a abandonar tanta coisa. Vacilei. Me torturei, condenei-me a loucura. Sai dela por intervenção Divina, na qual sempre acreditei. Foi o ano em que me tiraram o ato que mais amava e que exigiram que eu ainda permanecesse. Foi quando eu desisti, deixei, pra dar um tempo permanente. Foi nesse ano que magoei tanta gente, pelo simples fato de terem acabado comigo e de eu ter quase morrido, e nunca mais querer experimentar o amor. Foi nesse ano que desisti do meu diploma de jornalista, que desisti da carreira, que decidi casar e ter filhos; foi em 2010 que descobri como é bom fazer enxoval de nenem e o quão libertador pode ser isso. Este me ano me ensinou uma coisa, a sobrevivência.

Renata Oliveira

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

- e eu gosto de vc, com uma força bruta que não entendo bem ♫

"Talvez isso mude.
Talvez você entre na minha vida
sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez.
Talvez você pule esses três ou quatro muros
que nos separam e segure a minha mão, assim,
ofegante, pra nunca mais soltar.
Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor.
Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava
afundou num copo de cachaça e virou utopia".

Caio F. de Abreu

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

quando eu olhar pro lado, eu quero estar cercado só de quem me interessa ♬

Essa coisa que to sentindo, é confusa. É visível a minha necessidade por algo novo, pelo melhor. Eu quero tanto, mais tanto. Queria que confiasse em mim, que não ligasse pro resto ao nosso redor. Qualquer decisão, sua, minha, vai afetar outras pessoas, vai causar reboliço e até raiva. Mas a vida e a felicidade que está em jogo, pertence a nós dois. Quero muito ver você muito feliz, como for; quero também, essa felicidade em meus olhos que ficam negros quando te vêem. Há dúvidas ? Quais ? Esclareçamos nós,  tudo. Não quero, mais uma vez, deixar passar a chance da grande felicidade. Vou continuar sonhando porque é de graça. Mas não quero ter que desistir, pra morrer em seus braços.

"eu não posso viver sem a minha vida. não posso viver sem a minha alma."

                          Renata Oliveira

- não me deixe só .

Sabe aquele brilho dos meus olhos ? Existe até hoje. Por mais que esteja ofuscado na frustração. Eles ainda vibram quando te vêem. Eles ainda pedem, que eu me aproxime mais. E eu não quero mais grandes palavras, as palavras simples é que expressam o grande amor que sinto por você. Que sinto e que quero viver.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

- quero saber do certo.

E eu não me arrependo de nada. Dói ver o quanto poderíamos ter sido felizes. Mas vivi o que tinha que viver e pelo tempo que nos foi dado fui feliz. Amei, muito. Chorei, sofri, padeci, mas aquela dor foi embora quando viu o desdém em seu olhar. Nunca mais, a gente erra uma vez, duas, mas a terceira é burrice ! A hora que teve pra se redimir você gastou com sua vida medíocre, não insista, nem você e nem qualquer outro ser humano que ache que do seu lado posso ter um vestígio de felicidade. Esse trem já passou, o novo vem e vem com todo o esplendor que posso querer, e não só isso, vem e me faz feliz, só de pensar nele meu rosto de ilumina e meus olhos brilham.  Já passei da fase do masoquismo.

Renata Oliveira

domingo, 5 de dezembro de 2010

você,

" Então eu quero que você venha para deitar comigo no meu quarto novo, para ver minha paisagem além da janela, que agora é outra, quero inaugurar meu novo estar-dentro-de-mim ao teu lado… Vem para que eu possa acender velas na beirada da janela, abrir armários, mostrar fotografias, contar dos meus muitos ou poucos passados, futuros possíveis ou presentes impossíveis… Vem para que eu possa recuperar sorrisos, gritar, cantar, fazer qualquer coisa, desde que você venha, para que meu coração não permaneça esse poço frio sem lua refletida. Porque nada mais sou, além de chamar você agora… Porque não, porque sim, vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameaça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido. Vem, então, e me leva de volta para o lado de lá do oceano de onde viemos os dois”.

                                                                   Caio Fernando Abreu

sábado, 4 de dezembro de 2010

experimento,

                                                                        Eu já não sei se falo de amor ou de medo, só sei que falo.
                                                                                        Meus pés estão longes, próximos desse chão, céu;
                                              mas basta ser covarde, hipócrita, sensato, sincero para que tudo
                                                                    possa dar certo, errado, imprevisível !


                                                                             Beat é anagrama de BETA !

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

-

                                                               esse trem já passou ...

                                              ...    só quero saber do que pode dar cert

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Já passou,

Eu já tinha me despedido desta história a algum tempo, com força o suficiente para não me culpar e não sofrer mais do que necessário; mas ele resolveu trazê-la de volta a meus pensamentos. Por quê? Também me pergunto, mas não quero saber a resposta, não quero ter a certeza daquilo que imagino ou que quero ver. Quero continuar aqui. Foi o que eu consegui nesse período sem ele, continuar com minha vida extrema mas em perfeito equilíbrio. Não quero balançar, não quero cair agora e não mais voltar, a dor e as consequências dela acabaram comigo, me levaram ao quase morte , e, isso não é algo que eu queira reviver. Não quero um reencontro fútil e frustrante. Li em algum lugar e concordei plenamente, se o amor passa da hora de terminar magoa profundamente, mas nenhum amor consegue acabar antes, senão não é amor. É tudo tão complexo, me arrependo de ter começado isso à quase dois anos, teria me livrado de muita coisa repulsiva, teria me livrado da angustia que é me ser. Mas não, não fui forte para permanecer sozinha sem a sua apreciável presença. Tudo o que aconteceu não só me magoou, mas me machucou e cravou feridas graves e profundas em mim, me fez olhar de modo diferente tudo, me fez amar o tempo que me cicatrizou. Mas, vendo de outro modo, sem o que você me fez passar e minha completa imbecilidade em insistir em amar você, eu não seria metade de quem sou hoje. É triste, e ainda agora, ao lembrar do que perdi e de que nada ganhei, me aborreço e entristeço-me, o amor que sentia por você, em cada ato estúpido que cometestes e em cada ação que mostrava que não queria alguém como eu por perto, se transformou em algo muito pior que raiva ou ódio, se tornou algo desprezível. Nessa hora sinto repulsa do que eu sinto. Está agora, tudo estabilizado. Continuo com a vida desregrada, com as paixões físicas e sentimentais, com as amizades enlouquecedoras, continuo “aproveitando” a adolescência que me deram. Eu sinto sua falta, e a falta é a morte da esperança, porque sei que aquilo que um dia fomos, o amor que um dia vivemos, a inocência, as descobertas, a alegria sem motivo, acabou junto com a sua hipocrisia e com o meu orgulho e hoje ? Bem, não nos resta mais nada a não ser ignorar o passado e esquecê-lo, por que acabou. Só isso. Passou. Se serei capaz de superar isso ? Não sei, se serei capaz de me perdoar e de perdoar-te ? Também não sei, paguei um preço caro pelo que vivemos. Quero reencontrar-me.

Renata Oliveira

sábado, 27 de novembro de 2010

Letícia

E assim foi,

com o sol nasceu a vida

mas na fria madrugada

a morte nos rondou.

Tristezas e alegrias

contraste dificultoso ao nosso ver,

a nossa esperança, menina dos nossos olhos

faleceu, sem ao menos nascer.

Porquê deste mundo levastes

o motivo de nossa alegria ?

Acalmai, Senhor, nossa inquietação e agora

conduza nossos dias.

Horas consternadas virão,

como poderemos aceitar este duro fato ?

Em meio a regozijos e festas.

O peito daquela estrela foi tirado.

Acode-a senhor, faça dela mais um anjo

Aonde estiveres, que ela seja consagrada

Pois para sempre, viva em nossas memórias que a desconhecem

Será amada.

Renata Oliveira
Inimiga de ti mesma, tu que és tão doce, a ti mesma tão cruel.

Pros parceiros tenho a oferecer minha presença, talvez até confusa, mas leal e intensa (y)

Lembro o modo como cada um de vocês entrou na minha vida, através de uma música, de apostilas e até de mansinho.

E vocês entraram, mas não vão sair (ambiguidade rs'). Analisando o ano agora, que ainda nem acabou, me arrependo de ter passado poucos momentos com vocês, poderia ser melhor, poderia ser mais zuado e mais feliz.

Mas independente do que PODERIA, nós fomos imensamente loucos e felizes, nós aproveitamos cada palavra bem e mal dita, aproveitamos cada abraço, cada beijo e cada aperto.

Acima de tudo, sentirei saudade. Muita, de cada patada, cada olhar, cada pequeno gesto que fizeram nossa identidade.

Posso estar sendo aqui, presunçosa demais, mas vocês se tornaram parte de mim e acredito que de mim, deixei muito em vocês.

Meus Vermelhos <3

Meu Peixão, Meu Sai Fora, Meu Snoopinteiro sz

Não sei o que serão das minhas noites quentes e frias, lembranças eu tenho muitas, mas quem olhará pra mim com cara de desdém, quem vai fingir que não tem reações e quem vai querer que eu quebre o dedo?

As patadas, a inteligencia, nossa cumplicidade. Incrível, como coisas tão simples e pequenas, pessoas desconhecidas podem se completar e não conseguir desgrudar.

Foram brigas, stress's, raivas, discussões e ignorâncias.

Mas ainda mais, sorrisos, gargalhadas, abraços, piadas, ensinamentos e alegrias.

Foram episódios marcantes, palavras que jamais serão apagadas da memória.

Me ensinaram a ouvir Racionais, me mostraram o lado bom dos meninos e o quanto eles podem ser bons e fieis amigos, vocês estão eternizados !

História que contarei para meus filhos e um amor sincero e mútuo, que anula qualquer outro fator que possa nos distanciar. Não escrevo isso com um tom de despedida, ou talvez um pouco, estamos hoje dando um tchau momentâneo, pois não quero vocês longe de mim ! Não quero que este seja mais um texto clichê de fim de ano e de amizades mal formadas. Quero que este carinho e essa consideração durem, que continuemos felizes e firmes.

Eu amo vocês, por tudo.

Renata Oliveira

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

-girl, interrupted.

Alguma vez você já confundiu um sonho com a vida? Ou roubou algo quando você tem o dinheiro? Você já foi azul? Ou pensou que o trem andava quando ele estava parado? Talvez eu fosse louca mesmo. Talvez tenha sido a década de 60. Ou talvez eu era apenas uma menina, interrompida "

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Idílico

E por mais lúdico que seja, acredito que o amor regenera as pessoas. Não sei como e nem o porquê, a consciência uma hora bate ou a ficha cai. Nossos atos voltam-se contra nós e o fato de vermos as consequências deles, faz-nos repensar. Pode não ser hoje, podemos tomar rumos diferentes, você mais rápido que eu. Vamos atrás dos nossos sonhos ou de nossas fugas; vamos viver ou sobreviver. Não quero antecipar minha angustia mais ainda, não vou me iludir com o que já é uma ilusão. Se você quisesse teria dito. Como diz naquele livro que ambos lemos "o amor só é possível com a oportunidade dos sujeitos" e você não me é oportuno, por falta de vontade ou de coragem, ou só por não querer mesmo. Os dias vão continuar e para compensar a angustia vou escrever, por que como diria Clarice, sobrei e não há lugar para mim no mundo dos homens.
Renata Oliveira

domingo, 21 de novembro de 2010

Bruscamente

Uma mudança brusca de destino, de caminho e de metas; algum ser humano deve ter notado a minha volta repentina ao blog e as lamurias. De certa forma me alegro, de outra, me desespero. Sempre meus textos estiveram relacionados com minha dor e minha falta de inspiração, com minha satisfação. Uma agonia ta voltando, não sei por que já que estava tão bem. Deve ser por causa dos fatos que se decorreram, pela minha falta de estrutura ou só por que sentir dor as vezes fortalece. Quero muito conciliar minha paixão e minha alegria. Já estava agonizando sem escrever, mas agora estou definhando. Alguma sugestão ? Saídas fúteis não ajudam, se fosse por isso eu seria a mais plena das pessoas. Eu tento e to tentando ser tranquila. Essas mudanças, a aproximação do tchau, tanta coisa por vir a acontecer e eu aqui, sozinha, sem ninguém pra xingar e nem pra conversar. Queria fazer isso, conversar, jogar conversa fora, rir, chorar, pular, abraçar; sem intenção ou pretensão alguma, com todos meus amigos, minhas paixões. Quero partilhar um pouco da minha vida, mas não consigo encontrar ninguém suficientemente capaz pra fazer isso. Sabe aquela música do Renato, eu quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim ♪♯♬ Eu quero só isso, falar, discutir. Tem tanta coisa dentro de mim que procura uma saída, mas cada vez mais se compacta e me faz mal. Vamos ver se acho alguém pra conversar ou fico com meu blog e eterno amigo. Só não posso passar o ano novo assim, que senão é mais um ano...
Renata Oliveira

Inerte

Nunca me incomodei com a rotina, os horários, o fato de ser sexta-feira e ter cara de segunda.

Nunca liguei por ficar em casa na noite de sábado.

Não fiz esses showzinhos típicos de criança em fase de transição, e de pré-adolescentes que acham que são adultos.

Sempre respeitei as ordens, (desse tipo), que me impunham. Simplesmente pelo fato de eu não ligar, e ainda não ligo, apenas ultimamente sinto a necessidade de sair e buscar algo que me preencha.

Os dias passam sempre iguais.

Não quero mais ir pra escola, sentar na mesma carteira, conversar com a mesma amiga, ver os mesmos professores, dormir no mesmo quarto.

Eu já fiquei muito reclusa esse ano, resultado, foi minha 'quase' morte e não sei como cheguei a isso.

Não quero mais, mas é a saída mais lógica pra essa minha vontade; ou isso ou eu começo uma guerra, para reivindicar aquilo que, talvez, eu nem tenho direito.

Prefiro deitar e dormir, ou passar a noite em claro com dor.

Aliás, dor essa que não passou.

Não cessou.

Nem há de cessar.

Ando bebendo água, comendo pouco, ouvindo as mesmas musicas, caminhando.

Preciso urgentemente de um sentido ou de um pouco de amor próprio.

Sei lá.

Renata Oliveira

sábado, 20 de novembro de 2010

Plágio, é crime !

Este ano a Lei da Propriedade Intelectual fez 300 anos, a primeira lei que trata do assunto dos direitos autorais entrou em vigor a 10 de abril de 1710 no Reino Unido, garantindo a remuneração pelo uso de suas obras aos autores, e penas aqueles que infringirem a lei.

No Brasil, perante o artigo 184, do Código Penal que trata dos Crimes Contra a Propriedade intelectual, o ato de violar direitos autorais gera detenção de (3 meses a um ano ) e multa. Sendo um crime praticado contra a integridade intelectual do autor.

Ou seja, qualquer outra pessoa que queria escrever ou pesquisar assuntos e reflexões deve respeitar a integridade dos textos e de seus autores, pois cabem a eles, autores, o direito e utilizar, copiar e reproduzir suas obras.Além de crime, é falta de ética copiar o trabalho alheio, que pode ser fruto de uma incessante busca e agonizante espera, e não dar os devidos créditos.

Assim, certamente, o crime de plágio representa o tipo de usurpação intelectual mais repudiado por todos: por sua malícia, sua dissimulação, por sua consciente e intencional má-fé em se apropriar – como se de sua autoria fosse – de obra intelectual (normalmente já consagrada) que sabe não ser sua (do plagiário). ( artigo )

Portanto, vocês leitores e escritores de seus respectivos blog's. Cuidado e respeito ! Estejam atentos e respeitem as obras de outros autores, admirados ou não, não custa nada, só caracteres, dêem os créditos.

Renata Oliveira

"O maior desafio não é estar com alguém, mas ser completo o suficiente para estar sozinho”

Decisões nunca são fáceis de se tomar, neste momento elas parecem ainda, ter um peso maior. Eu fujo. Não mais como antes, não me entregarei novamente à táticas suicidas, quem sabe, ás masoquistas. Eu sei que a dor física está vindo, já empalideci, minha cabeça está explodindo, mas não me anestesiarei, pelo contrário, escrevo para atiçá-la e tê-la comigo. Minha dor é meu analgésico. Ela tira meu pensamento de foco, tira meus planos, ela me consome em cada partícula do meu ser. Estou preparada para ter uma noite cansada e transtornada, preparada para as pontadas que virão. Esta ainda não é uma atitude saudável, mas eu não sou saúde e não consigo mais regular meus pensamentos. Carência ? Solidão ? Bipolaridade ? Loucura ? O que quer que seja, porque mal me recuperei e já entro em nova decadência. Difícil. Não sei o que sinto, o que quero, o que pretendo, desde hoje já abro mão de tantas coisas, mas ainda persisto no meu fetiche masoquista e suicida. Não quero mais entender. Quem sabe a hora do adeus chegue, quem sabe, eu tenha que passar por tudo outra vez.
Renata Oliveira

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Não

Fatos são pedras duras, não como fugir, já dizia Clarice. Mas eu ainda não sei o que fazer com eles e nem com você. Você ? Mil vezes minha consciência já disse pra eu não mais olhar pra você, para não me aborrecer e machucar, mais uma vez. Mas sempre, é você aparecer por aqui, é você falar de repente que passa a minha raiva. Mas de que adianta ? Até hoje não tive volta disso; isso é muito egoísta, mas nunca disse pra você que meu coração era altruísta, deixei claro desde sempre o quão possessiva eu sou. Assim, vou me alimentar e contar somente com meu egóismo, já que com você não posso. Comento dos fatos simples e complexos do meu dia, das minhas decisões, das minhas alegrias e você sempre com esta sua 'consciente razão', que dói, insensibilidade. Não quero explicações racionais para o que acontece, tão pouco, histórias que podem me frustrar. Já sou suficientemente frustrada. Não vou mais me preocupar com isso, não vou mais olhar, nem comentar, nem falar, nem nada. Sem mágoas seguirei em paz, Se tiver que sofrer de novo, estamos ai. Talvez eu perca mais 10 kg, apareçam mais hematomas, mas uma hora tudo passa e eu me recupero. Não vou me magoar e me fazer padecer ainda mais, por algo que eu amo, mas posso evitar. Renata Oliveira

domingo, 14 de novembro de 2010

Meu príncipe, meu irmão sz'

Que te fiz afinal ? Sempre, em todas e quaisquer circunstâncias fui extremamente fiel ao meu amor por ti. Você sempre foi e será minha maior paixão, e todos sabem, nunca neguei. Você é minha vida, meu fascínio, você é meu amigo, meu amor. Você é aquele que nas situações mais decepcionantes eu amo, demasiadamente e sem vacilo. Não sei o que seria de mim sem você, esteves comigo desde criancinha, cuidou, amou, brincou. Sem qualquer sombra de duvida você é aquele que mais amo e pra sempre amarei. Nada, nem todo o tesouro do Taj Mahal pagam ou chegam aos pés do vinculo que tenho contigo. É mais que amor, que carinho, que gratidão. È história, é vida. A nossa. Muitos aniversários, anos novos, natais, carnavais, velórios. Juntos, sempre, unidos até que algo mais forte [se existe], derrube-nos. Te aceito, você é sangue do meu sangue, posso apenas te amar da forma mais incondicional existente, mas não entendo por quê faz isso comigo. Tantas fugas, escapadas, palavras vazias, dor. Você foi e me deixou aqui, uma criança sozinha, sem aquele que era e ainda é, seu alicerce. Alicerce este, que por diversas vezes tremeu, queria só saber por quê. Já disse e volto a repetir quantas vezes forem necessárias, você é minha vida, meu amor, minha maior e eterna paixão, que nada vai mudar, nem essas fugas que tanto me machucam. Você não vê ? Eu sinto sua falta, é a falta é a morte da esperança, como já dizia Nando Reis. Sua ausência tirou de mim noites, dias, e lágrimas. Me fez padecer, me fez aprender que tudo passa, e que estamos predestinados a perder as pessoas que amamos. Você até hoje, me vê como a menininha. Eu até hoje, te vejo como meu príncipe, meu rei, minha mais preciosa jóia. As coisas mudaram, não entendo porque estamos tão longe. Eu te amo, muito. Queria ter a certeza de que nossa cumplicidade ainda permanece, que nossa amizade ainda é aquela sincera e altruísta, quero que você veja que eu cresci, mas que pra sempre serei a menininha dos cabelos ondulados e você, eternamente, será meu principe, meu irmão.

Renata Oliveira

sábado, 13 de novembro de 2010

Sabe como é frustrante ? Como esta agonia me faz mal ? Todos os dias da semana espero pelo fim de semana e pelo feriado, na esperança de ao menos, avistar seu rosto que me desperta fascínio. Espero e você não vem, ou se vem, chega acompanhado e nem posso admirar-te. Os dias passam e parece que eles confirmam que não ficaremos juntos. Não haverá aquele abraço ? A minha escolha parece não ter valor, é só a minha. A sua, ainda não compreendi. Pareço ser a única que não se importa com o que dizem ou sintam, eu sei do que eu sinto e não quero padecer outra e mais uma vez. É decepcionante, me fere, me mata, judia dos meus sentimentos que nem se quer, se recuperaram. Duvida ainda da minha escolha e da minha capacidade de aguentar as consequências dela ? Não, não sou tão frívola e tão fútil. Mas eu sozinha não faço nada, então, vou continuar aqui. Parada, pregada na pedra do porto, a espera de um navio que me leve, me salve.
Renata Oliveira

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sim,

quero um amor, mais amor menos tensão.

Monotonia

O que eu mais quero eu não tenho. O que eu tenho, eu não amo. E o que eu amo ? Bem, é inacessível, ao menos agora. Produzo, hoje, pouquíssimos textos, como se o que eu mais amasse tivesse morrido. Vivo, naquele automático, do acordar, respirar e alcançar a inconsciência outra vez. Não sei do meu hoje, tão pouco do meu amanhã, que cabe só a ele e a mim decidir, mas em parte, exclusivamente à ele. Mas sei do meu passado que ainda, por algum motivo, me persegue. Essa incerteza corrói aquilo que nem há dentro de mim; faz dos meus dias desgastantes e vazios. Agonizantes. Não tenho mais fugas hipócritas, como antes. Minha consciência tão mal utilizada me condena. Tudo. Deve ter culpa em mim. Datas fugazmente importantes se aproximam, elas não surgem em mim efeito algum. Vejo mais um ano se acabando, mais um, sem grandes mudanças. Amigos e amores vão dizer adeus, e minha vida ? Pequenos gestos não fazem parte do meu dia-a-dia, nem palavras carinhosas, nem a atenção que seria capaz de me tirar desta amargura. É só mais um dia e vários iguais à ele, frio e triste.
Renata Oliveira

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mais uma vez ♬

Outra vez você apareceu no meu sonho. A cada sonho, tudo parece mais natural, como se fossemos um do outro. Não sei porque, sinceramente. Justo agora que estamos tão distantes, não conversamos, não temos mais aquela cumplicidade no olhar; nossos olhares parecem doer ;s Me obrigo aqui a escrever, pois quero registrar cada episódio com você. Nesse, eu ia na sua casa e você me recebia da forma mais tranquila, as pessoas ao redor não inibiam a nossa conversa. Não sei se você já reparou, mas foram pouquíssimas as vezes em que conversamos num tom natural, sem tentar conter palavras e reações; aliás, só me lembro de duas dessas vezes, e ninguém estava ao nosso lado. Por quê ? Por que perto dos outros é diferente ? Eu nunca fui, não entendo, e por isso desisti, não vou me flagelar. Você sempre foi a minha escolha, por um tempo sumiu, tive que por em prática o plano B. E agora, sempre, de repente e fugazmente você vem e me desconserta. Suas mudanças de humor estão acabando comigo. Não mudei, não deixei de gostar, mas assim, assim nós dois vamos acabar por padecer. Me arrependo de ter reclamado de dor para minha mãe, se não fosse isso, meu rim teria falhado e com ele eu ia embora, de uma vez e nem se quer, ia me lembrar desta agonia, desse amor.
Renata Oliveira

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

é frio e triste ;

Como tudo, em questão de meses pode mudaar. Meu rosto traz marcas que não escondem a tormenta pela qual passei. O sofrimento acabou, mas aquela dor de sentir apenas o vazio está em mim. Os dias passam e tudo tende a mudar, agora, a retroceder. O sentimento de amor que existe em mim, nada mais é do que gratidão, uma gratidão fétida. Minha poesia parece querer voltar, algumas palavras já me fazem sentido, é triste ver que coisas e pessoas que tanto amei não significam mais nada, só o fracasso. Ninguém sabe o quanto é frustrante olhar os planos em que tempo e sentimento foram investidos, dando no vácuo da hipocrisia. Olho e releio tantas palavras escritas aqui; palavras vazias, tão poucas com um décimo de certeza, eu só tinha consciência da dor que eu estava sentindo, do resto, nem se quer me recordo. E hoje? Nada se compara a solidão do vazio, da falta, da angustiante inércia, nada. Aquela agonia que me consumia antes ainda era algo a se sentir, algo que me ocupava tempo e pensamento, e que acabou, também, junto com amores eternos e infindos. Como somos capazes disto ? Seguimos nossas vidas vazios, marcados, feridos; mas seguimos mesmo assim, sem nada a dizer e a falar. Destruimos nossa felicidade, a chance de sermos completos e sem lembranças amarguradas, mas fomos e ainda somos egoístas medíocres e masoquistas, começo a me arrepender do amor. Aliás, por quê agora precisava refletir sobre isso ? Porquê eu vi aquele que talvez eu mais tenha amado, trocamos um olhar frio e triste, um olhar que dois estranhos que não tivessem nada em comum, dariam um ao outro. Me mato pouco a pouco, já não há mais uma razão para seguir, mas sigo porque ainda tenho obrigações à cumprir. A realidade nos decepciona. Renata Oliveira

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O meu prazer agora é risco de vida ♬

Ainda não sinto vontade de escrever, alguém deve ter percebido minha ausência repentina do blog.Não, não estou estudando, nem preocupada com os tsunamis da vida.Eu estou vazia.Nada faz sentido para mim e quando eu começava a me encontrar, a doença me pega.Já não faço o que eu gosto, nem escrevo, eu amo as palavras e no entanto, eu não as encontro.As procuro, chamo, grito, peço que elas venham preencher este vazio, mas não as enxergo.Não estou preparada pras mudanças que hão de vir, não sei nem o que vou fazer amanhã.Nenhuma musica me desperta, nem um livro me conquista, mas diante de toda essa minha intolerância e falta de amor, ele se manteve firme, e hoje por mim, ele é incomensurávelmente amado, sem motivo algum.Os dias passam, meu bebê está chegando *--*, meu ano letivo acabando.Nada me sacia, como será então daqui pra frente ?Ah, a tortura do esperar. Ah, a agonia de não saber o que será de mim e dele nesses próximos dias, meses.Não me contento com esses dias frios e insones, eu queria viver, só um pouco.Nada do que faço, hoje, me satisfaz. Prazeres momentaneos.E agora, AGORA, veio o efeito daquela minha crise por causa da minha maior decepção.Agora, que eu tentava ao menos me encontrar em alguma rua, alguma foto.Que eu sobreviva mais uma vez; que eu ache meu sentido.

Renata Oliveira

sábado, 16 de outubro de 2010

o que não dá pra evitar, e não se pode escolher

Eu quero tudo com você ♬

Foi diferente, é diferente. Teu gosto, teu cheiro, tua textura e sabe, eu gostei muito; demais.

Eu quero ficar com você pelo tempo certo, não quero desperdiçar nem ocupar tempo demais, quero ter você para sermos felizes.

Não tinha sentido aquilo, não de uma forma assim, marcante.

Te encontrei por acaso, virei sua amiga pelo acaso, te amei inesperadamente.

Assim nossa relação cresceu, nunca foi fútil, sempre foi firme. Soubemos respeitar o tempo, soubemos manter nosso afeto & olhe para nós agora, impossível não ver o fascínio em nosso olhar.

Minha inspiração não é mais a mesma, mas tudo uma hora passa, agora nosso momento é estável.

Minha poesia já não é a mesma, é mais calma, direta, e isto tem grande influência tua.

Nosso amor é diferente, ele é calmo, ele é agitado, ele é composto por partes de nós dois; nós dois, complexos, não ?

Mas e daí ? Na nossa felicidade somos completos, somos felizes. Tantas controvérsias, tanta cumplicidade, tanto amor.

Nos unimos, estamos unidos & agora, mais fortes que nunca.

Esse amor é difícil, mas é real.

Renata Oliveira

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

PROJETO IDAS E VINDAS /

PLATAFORMA DOS CENTROS URBANOS E CONSELHO GESTOR CEU VILA DO SOL

Apresentam: Projeto IDAS E VINDAS/ AÇÃO CULTURAL JOVENS TALENTOS DIA: 20/10/2010

No CEU Vila do Sol na Av. dos Funcionários Públicos, 369 das 10 ás 15 horas. Fone: 5896-3322

Com a Presença do Maestro Coreano MYUNG-CHUN CHUNG embaixador do UNICEF e apresentação dos Grupos Musicais do Jardim Vera Cruz, Roda de Debate e Improvisação regida pelo Maestro.

Contamos com a sua Presença para alavancarmos a implantação de um grande projeto para a comunidade e adjacências : UMA ESCOLA DE MÚSICA. Como dizia Villa-Lobos: ...” a música e o canto é um grande passo para felicidade!...”

Uma Parceria: Associação Beneficente Amigos Vila do Sol / Quebradeira Percussão / Associação Cedro do Líbano de Proteção á Infância / CEU – Vila do Sol / UBS – Jardim Vera Cruz / Gafel – Grupo de Amigos Fé e Luz / Grupo Nosso Brilho / Aprendiz / Cieds / Viração & Conselho Gestor CEU Vila do Sol

Realização: Grupo Articulador do Jardim Vera Cruz & UNICEF

"Nós músicos temos os mesmos objetivos como a UNICEF," "A UNICEF trabalha para fornecer educação e cuidado e para garantir que seus direitos sejam respeitados. Para nós, músicos, a música não é apenas um direito, pode ajudar a melhorar o desenvolvimento da criança e educação, bem como o que lhes permite sonhar." MYUNG-CHUN CHUNG

sábado, 9 de outubro de 2010

acredite no final feliz,

Já falei do vazio ? É, ele se torna cada vez maior. Os dias passam, na mesma monotonia de sempre. As coisas acontecem, continuo avessa à elas. Porém, não posso negar o fato de que você vive em mim. Não sei se ocupo parte dos teus pensamentos, mas você influência diretamente nas minhas decisões. Eu sei que posso te ter, mas a cada dia que passa eu acredito menos isso. Estou me esforçando, quero mudar a minha "posição" aqui, o que será muito difícil e do que eu não fazia questão, mas eu te quero. Para mim. E não quero dar margem à oposição, mesmo sabendo que ela vai se fazer existir. Eu sei que somos confusos, chatos, indiferentes, mas para que continuar a fingir ? Isto está acabando comigo. Eu me lembro de um bilhete onde perguntaste o que teria eu a esconder ? Eu não tenho nada, todo mundo sabe. (todos) E acredito que só um se oporia veementemente; mas a vida é nossa, vamos nos reprimir por culpa de alguém ? Lembro-me também de outra pergunta, se eu não teria motivos para confiar em você. Eu tenho, eu os guardo. Eu nunca vi somente a pessoa que se apresenta, sempre fui mais além. Tanto que, esse bilhete eu guardo, mas o que me impressiona é como foi escrito. A letra instável, as palavras embaralhadas. Eu acredito em você, eu quero que você acredite em mim. É tudo questão de tempo, coisa que teremos que aguentar. Mas eu só me atrevo a esperar, porquê eu te quero e sei da verdade que há nisso. Porém, é errado se fazer indiferente ao mundo lá fora, que tira momentaneamente você do meu pensamento e eu do teu. Nada funcionará, até que eu te tenha para mim; comigo; nos meus braços; olhando para mim, se fazendo em mim. Renata Oliveira

terça-feira, 5 de outubro de 2010

São Paulo: A cidade dos extremos

< Shopping Morumbi, Av Roque Petroni Jr; Marginal Pinheiros; Palco de importantes atos que fizeram a história do Brasil, São Paulo é a quinta maior cidade do mundo, cidade esta que é o coração do nosso país, social e economicamente falando. Uma cidade de riquezas, de vitórias e de amor, desde seus primórdios reconhecida por sua luta e seu povo. Lar da Av.Paulista, do Museu do Ipiranga, Catedral da Sé e tantos outros pontos que além de beleza, possuem história. Porém, em contraste com esta majestade que sem dúvida, é São Paulo, há o lado reles da pobreza e da miséria. Comovidos pela beleza e pela fama de São Paulo como 'cidade das oportunidades', milhares de brasileiros de todas as regiões do país migram para cá; chegam sem estrutura alguma e sem nenhuma assistência, por consequência, acabam se alojando em áreas de risco ou de mananciais, formando favelas e comunidades sem qualquer estrutura física e social. Em São Paulo, são inúmeras as favelas existentes sem um apoio social, econômico e cultural, que crescem a cada dia. São Paulo é reconhecida pelo seu poder econômico e pontos históricos e turísticos, o "lado bom";e milhares de pessoas vivendo na miséria, abandonadas, esperando por uma primeira atitude. Que não fique subentendido que considero a São Paulo uma cidade sem valor algum, só com imagens; porque não é, São Paulo é uma cidade de lutas e conquistas, merecendo ser tratada com respeito e cuidado.
Morro do Vera Cruz, SP;
A cidade dos extremos, e como extremos, absolutamente diferentes e desiguais, que merecem ser expostos e analisados na busca de uma reação tão necessária, de nossas instituições governamentais e da sociedade; São Paulo merece ser conhecida por sua beleza, riqueza, evolução, como cidade mais importante do país merece cuidado de todos. Agora, fica a questão: é possível haver riqueza sem miséria ?
Renata Oliveira

domingo, 3 de outubro de 2010

Hallelujah -

Houve uma época em que você me deixou saber; O que realmente acontecia lá embaixo; Mas agora você nunca me mostra isso, não é? E lembra de quando eu me aproximei de você; A escuridão sagrada foi junto também; E cada suspiro que déssemos era aleluia . Aleluia, aleluia, aleluia, o aleluia. Talvez lá haja um Deus acima; E tudo que eu sempre aprendi sobre o amor; Foi como atirar em alguém que te desarmou; E isso não é um choro que você pode ouvir à noite; Não é alguém que vê a luz; É um frio e triste aleluia

O tempo vai gravar tua voz em mim,

para que eu possa te ouvir cada vez que eu precisar.
Será isto mesmo ? Não sei. Me convenço agora de que ter paciência não é só necessário como também é a saída mais saudável. Não nos arrisquemos à ponto de pormos nós dois em risco. Se não for pra ser, bem, não será e seguiremos nossas vidas tranquilamente, com um peso que não sei definir. Vou continuar com minha boca de não, que ao mesmo tempo da negativa diz sim. Vou continuar aqui, sem reação alguma. Por que até agora eu tinha certeza, até agora eu te via para mim. Até, agora. Previsível ? Muito, eu devia ter matado cada pensamento que ousei ter em você; cada desejo que quis realizar em você; devia ter cuspido o gosto de sentir que você poderia ser parte de mim, ou meu por inteiro. A derrota é estranha, não tinha vivido isso ainda. Mas se for pra dar certo, que seja de maneira digna, não sobre panos. Eu já assumi isso para mim, eu te quero, mas quero que todos saibam que você é propriedade minha. Propriedade. Posso te perder aqui, sem nem mesmo antes olhar pra você e dizer tudo que já senti e que sinto. Não me interessa, não vou fingir ser pacífica e amorosa. Não sou. E sabe por que não falo pra você ? Não há como. É difícil, é torturante, mas se o melhor para ambos for ignorar. Ignoremos. Não vou insistir, não vou implorar, não quero. Cansei, enjoei, minha paixão já acabou e o que tenho aqui é muito maior, não aguenta esta situação. Eu tenho tempo, descobri que meus sonhos não realizarei mesmo. Pressa pra quê ? Só pra ter responsabilidade ? Posso viver muito bem sem elas, posso viver muito bem sem você minha vida, posso viver muito bem sem pensar em mim. Agora, está no automático. Espero, eu tenho paciência, ou o suficiente. Sabe torpor ? É isso, to sem reação. Inacreditável. EU DESISTO DE INSISTIR. To aqui, te amo, só. Deve ser muito pouco, não é algo que mereça consideração.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

vaguidão,

Eu não enxergo nada, aliás, enxergo o breu. Não compreendo e não faço questão, sempre acreditei na Providência Divina e no valor dos meus atos. Mas e agora ? Nada acontece. Nada. Não tenho o que fazer, meus atos são automáticos. Nada faço por prazer. Olho para dentro de mim e o breu continua, a vaguidão. É frustrante, decepcionante. Nada tenho, nada espero, nada me afeta. Era melhor quando doía, quando a consternação me afligia e eu agia como louca. Ao menos com algo eu perdia meu tempo, e agora ? E agora José ? Eu achava que o nada me completaria, que tola. Devo estar olhando o lado errado; tenho que assumir que o silêncio é ótimo. Não aguento mais essa agonia, como também não aguento mais ouvir tanta coisa sem nexo. Qual será a saída ? Tantos deveres que não conseguem me fazer ter foco. Tanta gente que só me faz querer fechar os olhos. Tanta coisa repudiante. Qual será minha saída ? Não sei, não quero saber, mas se alguma alma souber, POR FAVOR, me diz. Renata Oliveira - Se os boatos criarem raízes ousarias me olhar ?

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

You are my only hope ♪

Sempre soube que você seria o único a conseguir mudar-me. É bom sentir essa confiança, essa alegria. Não quero te ver, para não agir descontroladamente. Mas preciso te ver, não posso dar-te a chance de esquecer-me. Meus desejos tão insanos, loucuras e devaneios, todos partem de você. Não sei como, não entendo. E não ligo, eu quero você e meus desejos estão guardados. Hei de te encontrar na rua por acaso, hei de algum dia ter-te para mim. Eu quero você, eu preciso de você. Quero calar-te com a minha boca. Quero fazer de ti, parte de mim. Essa história ainda ta no rascunho, o dia em que formos passá-la a limpo será melhor, mais proveitoso, mais apreciável. Eu espero, espero ser raptada.
Renata Oliveira

domingo, 26 de setembro de 2010

Fica comigo Senhor, pois a noite é fria..

E aonde está aquela nossa cumplicidade ? Você que me conhece tão bem, assim como eu, sabe que estou errada. Errada, tentando fugir dos erros alheios e dos meus. Era bom aquele tempo em que minhas alegrias eram Contigo compartilhadas; era bom o tempo em que fracasso nenhum tirava meu chão. Você faz falta, mesmo sabendo que Você jamais me abandonou, e parece que a intimidade continua, intimidade esta que acompanhou minhas maiores felicidades e me ajudou a não cair, nas depressões.

E hoje ? Meu erro pago comigo mesma, me fiz padecer e Você estava ali, vendo e sem poder fazer nada, por que também eu não queria fazer nada. Muitos, agora, me procuram e tentam saber o que aconteceu, mal sabem eles de tudo que me afligiu, também eu não deixei saber.

Mas, de que vale tudo isso ? Jamais duvidei da Tua majestade, do Seu poder, vi sempre em minha vida provas e fatos que me fizeram crer, mas por que ? Por que em meio a tanta boa vontade, bons sentimentos, boas pessoas existe tanta hipocrisia ? falsidade, mediocridade, tanto mal ? Não entendo, e já que é pra lutar contra isso, porquê conviver com isto justamente onde todos proclamam Teu nome ? Toda noite eu Te peço perdão pelos meus erros e por esta consciência que teima em me condenar, em ver que hipocrisia eu não tenho,mas, covardia sim. Eu peço perdão por saber o errado e fazê-lo, por desfrutar o prazer do sabor do pecado. Mas tantos são os que se fingem de certos e por trás fazem coisas horrendas, por que justo eu seria a mais condenável ? Porque eu sei o que é certo. Sei, e minha consciência um lado está limpo, outro, absolutamente obscuro por viver em meio a isso. São tantos os que ‘evangelizam’, os que dão ‘testemunho’ e que na hora de agir fogem. Não, se é pra fazer pela metade não faço. Como ? Se em minha própria casa vejo isso ? Talvez meu erro seja esse conhecimento, essa visão do certo, ou talvez eu seja estúpida e ignorante demais. Seria bom usar outra vez meu sorriso para contagiar pessoas, para demonstrar o que há em mim. Mas depois de tudo acredito que não há muita coisa aqui dentro, e peço perdão aqui pelo que não sei que há mim, se lucidez ou loucura que me aflige, pela minha frieza, pela minha consciência e Senhor, por favor, fica comigo e com todos aqueles que me cercam, pois sei que nesses momentos de consternação é Você quem me pega no colo e me acalenta. Grata.

Renata Oliveira



Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.