Já tem uns dias...

 

... que as coisas andam meio difíceis. Eu não sabia que a dor me afetaria tanto e de tantas formas diferentes. Além, óbvio, da baixa resistência física, eu simplesmente não tenho mais forças para lutar emocionalmente com esses desgates. Cheguei ao ponto de não ter remédios que façam efeito, de não conseguir dormir, estudar, viver. Esses dias de dor duram todo o mês e acabam com meus projetos. Estou esgotada. A esperança se aproxima e tenho me convencido a dar um passo de cada vez, até que tudo se estabilize. Lidar com isso, com as mudanças profissionais, com as cobranças internam não me permitem continuar bem. Eu ainda não achei um caminho, keep trying.

r.

Exercício diário

Talvez a diferença entre amadurecer e envelhecer seja esta: ao invés de só olhar os dias passando, compreender e fazer com que sejam melhores. Há 25 anos eu escuto que  não se pode dar vazão à fraqueza, que é preciso fazer tudo ao momento que isso exija, mesmo que custe seu corpo e sua alma. Mas uma alma exausta, magoada, ferida não é capaz de amar, de orar, de descansar. E eu só entendo isso agora, com 1/4 de século. Entendo que preciso cuidar para que meus dias carreguem as proporções necessárias ao esforço, ao desgaste e ao prazer do descanso. Aprendi que preciso me escutar, mais que as imposições sociais e os anseios do próximo. Aprendi da maneira mais dura que as minhas feridas só cicatrizarão quando puderem se fechar calmamente, sem novos arranhões. Isso demanda tempo e reflete em cada parte de mim, no meu rosto, no meu corpo, na minha disposição. É hora de me enxergar.

ROR.