➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Liberdade pra dentro da cabeça!

O coração parou de doer, a ausência não existe mais. Estar ali foi de extrema importância pra conclusão da travessia. Vê-los e não sentir sua falta, estar ali e nem cogitar sua presença. O pensamento mudou, agora não é mais uma pena você não estar e sim uma graça. Não pesa. Não preciso me preocupar em estar simpática, em saciar suas carências e mediar a socialização. Não preciso me incomodar com sua cara fechada no sofá ou com seu mal humor desnecessário, preciso, apenas ser eu. Não há alegria maior que acordar e poder existir, na plenitude do meu ser. E sentir que hoje não há nada que me impeça de seguir em frente, de caminhar com a certeza da felicidade de ser só eu. Agora eu só rezo pra Deus me mandar alguém que só acrescente paz, amor, e caminhos. Que ninguém tire essa emoção.

 Renata Oliveira

O meu lugar, foi.

Ainda bate a ansiedade de visitar sua casa todos os anos, Vó. Ainda sinto saudade dos meses infindáveis das férias de verão naquele sítio, que era pequeno pra minha infância insaciável. Vó, eu queria tanto que a senhora não tivesse ido embora, queria tanto não ter que te visitar num túmulo fechado, queria tanto te falar que eu te amo com um amor infinito. Queria ter você aqui só hoje, pra poder te mostrar o quanto você é importante e o quanto faz falta. Por uma última vez jogar baralho e experimentar sua comida perfeita. Mas sabe o que mais dói, Vó? E saber que meus filhos não presenciarão esse sentimento, saber que não conhecerão a sua casa e nossa história. Eles não vivenciarão todas aquelas sensações que me faz, hoje, escrever essa carta. Já não existe a árvore secular da reta, com os nomes de todos os casais apaixonados da família; já não estão na parede o quadro de todos os casamentos da família, a tradicional foto de noiva e noivo; e os panfletos de todas as campanhas da fraternidade atrás da TV? O pé de seriguela do quintal? O de jamelão, o de jaca? As árvores que por tantos anos foram nossas casas e os galhos que em tantas brincadeiras foram nossos quartos? Eles não saberão o que é isso, Vó, e quando eu falar, não entenderão a dimensão da minha saudade. Mas cada um tem sua história, não é mesmo? O meu lugar, repleto de luta  e suor não será o mesmo do deles. A minha saudade também não será a mesma, mas será eterna. Saudade de você, do lugar, da risada alta dos primos e das tardes de sono no sofá marrom ou no chão vermelho da sala. Isso faz falta Vó, e só com sua lembrança isso era permitido. Te amo minha eterna abelha rainha, mãe de todos os meus sonhos.

Renata Oliveira

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Aquele casal...

Sabiam que dariam certo se não fosse tudo o que era. Sabiam que se tudo o que era não fosse de fato, seriam muito felizes juntos. Duas horas deles equivaliam a um mês inteiro de outro casal qualquer. Quanto tempo demorou para perceberem que formariam uma ótima dupla? Não só por fora, mas por dentro também? Daqueles casais que crescem juntos, se incentivam, trocam e admiram um ao outro? Daqueles casais que instigam a mente um do outro a ser mais? Um colorindo a criatividade e convocando a ir além? Um sendo o amor do outro para dar sentido a todo resto que sem amor não vale nada? Desconfio que demoraram muito pouco para perceberem. Entre eles a coisa tudo fluía sem jogos ou entraves, o riso era fácil, o beijo era bom, a cama uma delícia, daquelas onde o desejo amanhece aceso e a memória gosta de relembrar os detalhes. A conversa daquele casal que não seriam dois juntos apenas separados, era rica e não terminava nunca, pedra de toque, ponto de ligação.

Andrea Beheragaray

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

*-*

Me diz ai Senhor, porque Você nunca me mandou a sorte de um amor tranquilo? E porque sempre fui tão fraca pros com gosto de fruta mordida? E lá se vai mais uma parte de mim, da minha ébria juventude. Mais uma parte absurdamente feliz, mas que deixará uma marca de falta e saudade. A vida é isso ai, o trem que chega é o trem que parte e o relógio já bateu pro nosso encontro, assim como bateu tantas vezes pra nos despedirmos. Escrevo essa saudação com lágrimas nos olhos pelo que fomos não podendo ser, mas acima de tudo pela  oportunidade de vivenciar você. Carinho gratuito é coisa rara, vontade e fazer por onde também, que fiquem os sorrisos, as gordices e as eternas palavras alegres. Que fique o que foi bom! 

Renata Teixeira

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Happy Face

"Felicidade é ter o que fazer, ter algo que amar e algo que esperar"

Aristóteles



Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.