➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Despedida 2014

A gente ama, luta pelo amor, enfrenta família, arrisca a pele. E a pessoa te devolve com falta de caráter. Você entrega seus sonhos, sua rotina, seu corpo, sua vida. E a pessoa ainda exige que você acate as palavras dele pra que o faça feliz. Nosso amor não deu certo por causa disso, você não queria me  ver feliz, você queria ser feliz. Queria fazer o que te rotulasse como bom namorado, como namorado comprometido e preocupado. E eu só queria ser feliz hoje, amanhã e depois. Você queria um apoio, um escoro, alguém pra aguentar suas crises e "te apoiar". Mas você não aceitava minha opinião divergente da tua, meus propósitos que desencontravam os seus e minha fé que não acreditava na sua. Realmente, suas palavras são comoventes, mas servem apenas para isso. Suas ações são tolas, ébrias, sórdidas. Você é do pior tipo de pessoa que existe, as sem caráter que fingem ser corretas. Literalmente, um idiota. Te amei enlouquecidamente, fiz por você o que não fiz por ninguém. E o que ganhei de volta? Mentiras, desconfiança, ofensas, tristezas, loucuras. Eu não fiz o que você queria, e você arranjou meios de me controlar, de se impor diante de mim. Você me conquistou e jogou fora, você me decepcionou mais que todos os dias de 2014. Você me iludiu, se fingiu, se mentiu. Você é inescrupuloso. Você me fez triste. E hoje, desejo apenas que você colha tudo que em 2014 você plantou, e que seja feliz. Porque aqueles que descontam suas tristezas nos outros, e desejam a infelicidade do próximo não merecem minha companhia ou preocupação. Você nasceu e morreu pra mim no mesmo ano, não vingou.

Renata Oliveira

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Natal

Nunca havia sentido o pós-dor de maneira tão forte. Faz um ano que você se foi e deixou um rombo em nossa família, vazio que jamais será preenchido. Pior  que a despedida, é a lembrança da despedida, o silêncio ensurdecedor da ausência. Como diria nosso irmão, a minha vontade é me trancar num quarto escuro e esperar que eu vá embora também. Mas a vida nos deixou aqui, nos deu presentes que que até compensam a sua falta, mas nada que nos faça esquecer. A alegria, a espontaneidade, a risada fácil, tornou-se um natal de reflexão e saudade, de quietude. Você nos deu uma enorme lição, e disseminou o amor ainda mais em nossos corações, pena que tenha sido de uma maneira tão cruel, tão sofrida.

Renata Oliveira

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

#EuEscolhiEsperar

Queria ter entendido o sentido do #EuEscolhiEsperar antes de ter passado por tudo isso, engraçado é que tem gente que ainda tira sarro dessa expressão. O que passei, o que fiz tanta gente passar, era absolutamente desnecessário. Eu podia ter ficado na minha, não ter vivido tantas coisas. Mas ao mesmo tempo em que lamento não ser alguém virgem de sentimento, também me regozijo por ter feito tudo que minha mente e corpo quiseram. O único problema é que não sou inteiramente assim, eu me preocupo. Eu quero um amor que dispa no meio da praia, mas também quero alguém que caminhe comigo pela avenida de mãos dadas. Aquele que não liga se alguém viu se ele me beijou, mas que aceita mudar prum apartamento com um mês de namoro. Nunca soube amar pela metade, até aqueles que não mereciam um terço do meu amor. Mas chegou num nível que não posso me atrever a ter todas as emoções do mundo dentro de mim, já não aguento o fardo de ser quem sou e de amar quem amo, de me apaixonar por quem me apaixono. E hoje, por todas as dores que carrego no meu peito que jaz frio aqui, eu escolho esperar. Esperar até que a dor cesse, esperar até que a pessoa certa chegue, esperar até que o espaço seja meu e que meu coração esteja livre de novo pra ser de alguém. Nunca pensei que eu falaria o que disse a ele, "tudo bem", faz o que te faz feliz. Eu vou sofrer agora, mas na fé de Epicuro, um prazer e uma felicidade absoluta ainda está por vir. E estarei aqui, parada, pregada, esperando ela chegar.

Renata Teixeira
"Tive medo, ah como eu chorei. Eu sofri, em segredo, tudo isso, hoje cedo."

sábado, 20 de dezembro de 2014

Vivendo!

"Você tem que morrer algumas vezes antes de realmente viver."

CB

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

"E ai você me liga, e é como se mais nada existisse"

O amor tem mó jeito covarde de partir
vai embora como se tivesse indo ali
deixa nós ocupado a discutir sem ter cuidado
e querer sumir calado por ver que ele virou passado
meu habitat natural é do teu lado (não)
melhor batida que já ouvi é do teu coração (não!)...
se sabe minha cabeça é mó confusão
é como a vida se sente que tem,mais num tem explicação
preciso de um bar de uma conversa boa
sei la,me apega a outras pessoas
ou só honra o que eu disse
e ai se me liga e é como se mais nada existisse ♫


Emicida

domingo, 14 de dezembro de 2014

Mas não posso imaginar o que vai ser de mim, se te perder um dia

Família é um negócio engraçado, a gente briga, discorda, implica, mas ama. Eu lembro que sempre amei incondicionalmente minha família, mas também lembro que demorei pra entender o que isso significava. Não adianta dizer que ama e não mostrar em atos, não adianta declarar amor e não doar o tempo. E por vocês eu faço o que for preciso, por vocês eu viro o mundo do avesso se necessário. Somos a copa de uma árvore com raízes profundas, e raízes de amor. Somos as flores que já começaram a gerar frutos, e frutos que merecem toda nossa loucura. Minha família é meu lugar, e no meu coração está vãs um de vocês embalados em folhas de ouro com laço vermelho. Minha família, minha dádiva.

Renata Oliveira

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A distância apaga a saudade

Palavras de um homem sábio: Briga demais faz mal, não aproxima, é nessa hora que da vontade de bater. Não sei se já tomou uma decisão certa na vida, daquelas da qual não se arrepende, mas que doem o dobro. Sinto sua falta como seu não existisse parte do meu corpo, mas quando busco acreditar nas suas palavras passadas e nas possíveis e futuras, eu não acredito em nenhuma sílaba. Você foi dono do meu amor e agora é dono da minha dor. Nunca imaginei isso pra nós, por tudo. Você era minha esperança dum amor tranquilo, de fé, consciente e adulto. Mas de novo eu fui ferida com as inconsequências e dores do outro. O que mais me angustia é pensar que em momento algum entendeste isso, que meu coração já vinha muito ferido é que tinha encontrado paz em você, paz que você transformou em tormenta. Eu já tinha doído demais, me esforçado demais, pra te que passar por tudo de novo, pelas mesmas promessas de mudança, pelos mesmos "eu vou tentar". Nunca fui tão feliz com minha tristeza, nunca fui tão completa com meu silêncio. Tenho sua ausência latejante, mas tenho também a consciência de que já não posso me fazer mal. Espero, calmamente, a convalescença. Ela já veio antes, vira outra vez me visitar.

Renata de Oliveira

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

É impossível ser feliz sozinho

É como disse o poeta, é impossível ser feliz sozinho. Tem sido imensamente prazeroso ir aonde quero, fazer o que eu quero, dormir até as 17h e não me preocupar se alguém precisa de mim ou não. Mas é triste, na mesma proporção. Não tenho porque trabalhar a semana toda e ansiar pelo fim de semana, não tenho pra quem comprar presentes nas datas comemorativas, até lembro de você quando vejo coisas na vitrines, ouço músicas e planejo algo, mas já não tenho você pra compartilhar minhas vontades. A parte mais difícil de tudo isso é me adaptar a mim mesma, eu sozinha não tenho uma parte legal, e preciso aprender a ter. Preciso pensar em mim, nos meus planos, nos meus objetivos. Preciso pensar nos sonhos, nos desejos, até naqueles mais profundos, que guardei no baú há uns anos. Preciso lembrar da kit net, das garrafas de whiski e vinis, do som ambiente. Preciso lembrar da Renata, a mulher vermelha.
Renata de Oliveira

domingo, 7 de dezembro de 2014

Mutilada

Você amputou meu coração quando ele mais precisava da sua presença, tirou um pedaço quando ele se enfeitava pra ser seu pra sempre. Dói, hoje, nos caminhos que percorro ver o quanto poderia ter sido e não foi, ou como foi diferente. Amor, cê me faz falta. Desde os dias gélidos até os de sol, do travesseiro ao caminhar na rua, do abraço ao amor. Por que então fizeste isso? Pq acabastes com o que era nosso?

"Não posso viver sem minha vida, não posso viver sem minha alma"

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Falta, tanta falta!

A ausência dele me machuca, mas também me faz mais forte. Era como a morte de toda a minha esperança, de tudo que um dia eu esperei da emoção de ser só dois. Eram minha a ultimas forças, foram minhas últimas lágrimas. Amei enlouquecidamente, o único a quem chamei de noivo. É estranho ver os sonhos morrerem e saber que eles precisam morrer, é difícil aceitar que tudo que você mais quis talvez não seja o certo e nem o melhor pra você. Mas se é sua felicidade, quem saberá o que é certo pra você? Abriria não do Direito, da Promotoria, pela casa com minha cara, o berço e o quadro na parede com nosso retrato em banco e preto. Largaria o salário, as noites na rua, os prazeres mínimos pelo prazer de ser e fazer o outro feliz. Mas não foi assim que aconteceu, não foi assim que terminamos. É difícil entender que vivemos para fazer o outro feliz, e não para sê-lo. Mas ainda pior, é continuar disposta a cumprir essa missão diante de ofensas, de críticas, de dores que não são do casal. Será que desaprender amar meu Deus? Será que doeu tanto que eu já não consigo ir além de mim?  Sei que dói é que faz falta. Uma paz dolorida, mais ainda assim, paz.

Renata Oliveira

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O sentido da vida: É pra frente!

Ruim é quando pra ser feliz temos que acatar o que o outro diz. Jamais quis te impor minhas vontades, meus anseios, mas sempre os deixei claro. Jamais quis que você fosse outro, somente não gostei de quem eras quando não aceitou o que sou. A ilusão da paixão é inebriante, e a esperança da felicidade nos cegou. Quero acreditar hoje que é possível ser feliz como fomos, quero poder me iludir sinceramente outra vez. Um dia. Mas até lá, a dor de ser só uma recordará meus fracassos, minhas ilusões, minhas esperanças findas num amor adolescente, num amor inteiro, completo. Fostes um difícil começo, meio e fim.

Renata Oliveira

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Fica comigo, Senhor!

De repente estar sozinha passou de alívio a tormenta. A solidão de ser só eu ainda me traz você, e a dor é insuportável. De repente entendi aquela de que os amigos e a família seriam a base, sem eles meus últimos dias teriam sido de intensa agonia. Por que, meu Deus, eu não posso amar um amor feliz? Por que não posso ter a paz de ser só dois? Por que hoje já não tenho força pra enfrentar os tempos ruins? Meu coração em carne viva está, e se esconde nesse corpo frio e gélido.  Daria tudo pela força dos primeiros anos, dos primeiros dias, da crença que o amor tudo supera, tudo crê, tudo espera. Vê a que ponto cheguei Senhor? Nem a tua palavra se salvou do meu ceticismo. Mas eu espero, e ainda, acredito. Isso é ilusão, fase que me prepara pra alegria que está por vir, pro amor perfeito que, também, o Senhor preparou pra mim. Mas não esquece, cuida desse coração cheio de dor, dessa alma cheia de marcas e esperar. Fica comigo, porque a noite é fria e escura e já não sei me encontrar.  Amém!

Renata Oliveira 

sábado, 29 de novembro de 2014

Amputada, by: Carpinejar

Ninguém enxerga. Mas estou amputado. O que é invisível sangra mais. Sofro por algo que não falarei. Não me pergunte. 

Posso estar rindo, posso estar trabalhando com vontade, posso demonstrar confiança, posso ser amoroso, posso ser simpático. 

Mas estou amputado. O braço levanta, mas não abraça quem quer. A perna caminha, mas não vai onde deseja. 

Parte de mim não existe mais. Você não vê diferença, é que disfarço a dor com elegância.

Manco só em casa. Tropeço só em casa.

Na rua, eu me equilibro na raiva e na injustiça.

Tenho minhas bengalas provisórias. Às vezes eu me escoro nas paredes dos amigos. Às vezes escorro o rosto de noite lamentando que não serei mais completo.

Estou amputado. Vou me adaptar, vou seguir adiante, vou sobreviver.

Não terei a mesma facilidade de antes, não acreditarei mais que posso ter tudo o que preciso, mas acharei um jeito de voltar a correr.

Um dia - espero que seja breve - ponho uma prótese, esqueço o tombo, a cicatriz se junta à pele, a dor será apenas uma fisgada no temporal.

Estou amputado.

Não tenha pena de mim, nunca se deixa um amor sem se machucar.


Fabrício Carpinejar

sábado, 22 de novembro de 2014

That's my way, and I go🎶

Havia experimentado todos os prazeres, da carne, da mente. Havia sido excepcionalmente feliz, e enfrentado as noites mais sombrias. Não tinha valido muito, ela não aprendera. E nem aprenderia. O amor é uma graça muito grande, e deve ser tratado com nada menos que toda a graça do mundo. Quando o fiz, me sobraram espinhos. Quando desisti, ele veio sobre mim. Mas meu pote de vidro estava sujo. Não podia ter aquela alegria. Hoje, depois de ter ferido tantos corações e ter aberto um buraco ainda maior no meu, me restam os dias conturbados, as noites curtas, a loucura de viver. E seguirei, com fé. Uma hora tudo converge, essa dor deve trazer flores.

Renata Oliveira

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Confronto

Já dizia o grande sábio "aquele que não enfrenta o inferno de tuas paixões, tão pouco as supera". E não te superei, não absorvi ainda a perda do meu melhor amigo e amor. E só agora meu corpo, alma e coração corvejem para aceitar que ele já não está comigo. E deixei ele ir. Que preço vale o orgulho? Que preço vale as relações já determinadas? Vale o preço da felicidade. Vale o que você em essência é. Agora, que me encontro sozinha neste salão imenso vejo o quanto valeria estar no sofá de couro tomando sorvete no pote. Agora, que eu tenho que correr atrás sozinha do que me interessa, eu entendo que mesmo longe ele estava lá, e que os dias, mesmo os de sol, serão frios. Hoje vale muito mais um dia de sono, que uma noite de falsos prazeres. Hoje daria tudo pra voltar pro meu lugar e dormir em paz. Hoje, daria tudo pra ter de volta a paz do amor. 

Renata Oliveira

sábado, 27 de setembro de 2014

Who am I?

Aquele não era o meu lugar, não eram as minhas pessoas, não era o meu tipo. Não era o meu vocabulário, o meu cheiro, a minha música. Não era eu. O tempo passou e eu insisti num erro, que já sabia que era erro. Não sou da gíria, da amizade fácil, da zueira. Sou de casa, dos meus sobrinhos, do meu rock, da minha São Paulo. Isso não me define, isso não me representa. Cada dia mais o apto ébrio na Rua Augusta me conquista, os quadros de banda, as garrafas de bebida, os CDs e os livros na prateleira. A cada dia que passa lidar com minha tristeza se torna mais atraente do que fingir uma felicidade ausente. A cada manhã que nasce, a vida me passa pela cabeça, meus pequenos milagres, meus grandes sonhos. Não quero mais perder. Já perdi o que de mais precioso tinha, aquilo que de fato está no meu coração. E ele, ele não vai voltar. 

Renata Oliveira

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

1.8, 1995

E eu que achei que meus 15 tinham sido doídos, e eu que achei que já não tinha mais motivo pra padecer. Esse é só o começo da vida, menina. Essa são só as primeiras dores. Dói como nunca, é um torpor em movimento. Queria dormir sem medo de acordar, acordar sem vontade de continuar dormindo. Queria seguir em frente. Queria estar feliz. Queria ter cumprido meus planos, seguido meus caminhos. Queria, quiz. Hoje nada almejo, apenas o futuro manso e típico. A rotina doída de sempre.

Renata Oliveira

"Queria ter o poder de poder te tirar da memória"

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

"Nele cabe o que não cabe na dispensa"

Engraçado como age o coração quando um sonho é morto, quando uma paixão ardente é afogada.Mesmo desejando veementemente acreditar no sonho, a dor faz toda a fantasia se diluir. Foram dias de extrema felicidade, alegria insólita mas volúvel. Sonhar é facil, planejar mais ainda, viver o que se quer é que é dificil. Sinto saudade da lembrança do desejo de ser uma jornalista literária bêbada largada numa kit net do centro. Sinto saudade dos cheiros, dos perfumes e de tudo que me pareceu tão concreto por um tempo. Assim como outrora, agora sinto saudade de mim. Mas o tempo é sofrido, se passa rápido, se não passa, ele simplesmente dói. Resta o desafio de não ceder desta vez, de sair na rua nos dias de sol até com o corpo calejado de dor e o coração móido de amor.

Renata Oliveira

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Sem falar a língua do amor, eu nada sou

Esses dias tem me dado uma certeza, uma clareza triste. Não estou preparada para lidar com o amor, não novamente. Amor é se doar, ainda que na dor, é se entregar, ainda que que o caminho seja instável. Amava com a certeza de que tudo valeria a pena, de que teria meu felizes para sempre. Hoje, amo na certeza que uma noite de sono vale mais que qualquer tentativa. Deu meia noite e deixei de crer em Cinderella, deixei de crer na abóbora. Já desisti da vida de jornalista bêbada, já desisti do conto de fadas. Ainda me cabe decidir se aqui fico, ou vou embora. Ainda me resta o po
der de decidir sobre minha vida, mas decido me abster, e deixar que os dias próximas me moldem.

Renata Oliveira

domingo, 27 de julho de 2014

As noites gélidas do inverno

Eu cometi erros imperdoáveis, mas também já perdi sangue por quem não merecia. Dói ver o amor destruído, chagado, fraco. Dói perder, dói desistir. Bob já tinha alertado, que pior é não ter mais forças para lutar, e já chegou o inverno. Frio s dor, medo, desespero, morte dos sonhos mais belos. Eu sorri, eu sonhei, eu quis. Hoje eu só queria dormir bem por uma noite, acordar sem ter me contorcido de dor, sem ter molhado o travesseiro. Não pensei que esses dias voltariam, mas meu peito jaz apertado e frio. Que passe logo, que seja melhor. Eu fui imensamente feliz, imensamente triste. A convalescença há de ser, também, imensamente dolorosa. 


Renata Teixeira

segunda-feira, 14 de julho de 2014

♪ Felicidade é só questão de ser ♫

O frio das manhãs de inverno já não doem tanto.
O brilho do sol em meio as nuvens cinzas ditam mais que a sensação gélida. Optei por ser feliz, por me alegrar com a vida e com seus detalhes. Ainda que pequena, ainda que sofrida, doída e decepcionante, há sim motivos para sorrir. E são estes que tenho me alimentado. Já disse um poeta contemporâneo, "quer saber o sentido da vida? É pra frente." Vou, porque o frio não vai responder meus e-mails, fazer minha hidro e ligar pros meus sobrinhos por mim. Vou, porque ainda há um vida para sentir, para amar. 

Renata Oliveira

terça-feira, 27 de maio de 2014

Mude, o tempo urge!

Transições nunca foram meu forte, ainda mais sob intensa pressão. O tempo falou mais alto e meu corpo teve que acatar, minha mente teve que aceitar.  Aprender a enfrentar as consequências, aprender a encarar de frente o que escolhi, aprender a não silenciar diante do desespero, a não deixar que fizessem as escolhas por mim. Pensei não precisar mais passar por essa dor. Mas eu escolhi isso, eu acreditei que ainda pudesse existir o “move on”. A verdade é que sempre fui covarde, sempre me recusei a viver, sempre mudei pra que a minha verdade absoluta não fosse exposta. Eu quis não acreditar em mim, não acreditar nos meus sonhos. Eu quis ser alguém que não cabe nesse corpo e nessa alma. Eu quis ser, o que jamais seria. Há mais que uma simples vida rotineira aqui dentro. Há amor, paixão, poesia, música. Há a vontade imensurável de viver e conhecer cada canto desse mundo. O desejo de segurar sua mão e fugir, e sonhar, e viver. Uma vontade tão grande, que preferi não alimentar, que preferi deixar dormir pra não ferir meu coração. Hoje todos os sonhos que um dia eu guardei, me acordaram. E tudo que um dia quis evitar, topou comigo de frente. Vai, Renata! Vai em busca do seu sorriso!

Renata Oliveira

segunda-feira, 26 de maio de 2014

O tempo, as escolhas, o gênero

E os ventos do outono trouxeram certezas e dúvidas para o meu coração. O que é meio já não vale mais, o que não transborda, não alegra e não faz rir, não importa. O importante agora é seguir em frente, buscar o que sempre  quis e o que quero agora, também. Caio Fernando já dizia, abraça o que te faz sorrir. E eu acrescento: Abraça, e não solta! O tempo veio, literalmente, mostrar o que vale a pena pra um coração novo e já tão chagado. O tempo trouxe a fé, a esperança e o amor. O tempo me fez jovem  e agora, tranquilamente, me faz mulher; dona das minhas escolhas, das minhas consequências, dos meus sonhos, dos meus devaneios. Dona daquilo que fiz, dona do futuro. O tempo me trouxe a dor de aceitar isso e a felicidade de poder ser assim. Agora, hoje, nesta tarde nebulosa cabe a mim escolher que caminho seguir. Aceitar ser mulher, ou continuar sendo menina.

Renata Oliveira

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Quando o sol voltar ♫


Tem vez que as coisas pesam mais
Do que a gente acha que pode aguentar,
Nessa hora fique firme pois tudo isso logo vai passar,
Você vai rir... sem perceber...
Felicidade é só questão de ser,
Quando chover... deixar molhar...
Pra receber o sol quando voltar..

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

E é sem querer, você não sai da minha cabeça mais ♫


Acordar. Pensar no seu nome. Levantar. Pensar se pensas no meu. Sair de casa, pegar o ônibus, em pé, sentada. Pensar no seu sono tranquilo e querer estar junto. Stress cotidiano,  gente mau-humorada. Lembrar do lema da semana, da tranquilidade de estar com você. Não reclamar que ainda é segunda-feira. Ser feliz com o dia de hoje. Pensar em você, se já acordou, se está bem, quais são seus planos. Se estou nos seus planos. Almoço. Saudade. Sono. Second round. Te esperar, esperar seu bom dia. Ansiedade. Quase a hora de ir embora. Mais uma latinha. Hora de ir embora. Te ver. Ficar feliz. Sentir você. Matar a saudade. Hora de ir embora, de novo. Minha vida, meu quarto, minhas coisas. Deitar. Pensar em você. Dormir. E lá se vai mais um dia, cheio de vida, de espera, preenchido por você.

rot

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

"Tão jovem e tão tola pra perceber..."

Eu gostaria de escrever laudas e laudas e dedicar a ti, como faria antes. Chorar em meio as palavras como fiz nas cartas que escrevi pra ti. Eu queria acreditar no amor, como antes. Acreditar que o melhor seria não desistir e reconstruir tudo, de novo e quantas vezes fossem necessárias. Eu queria te amar, sim, com o desespero dos tempos aureos. Mas NÓS, fique claro, NÓS fizemos isso. Eu consenti com o que fizeste comigo no começo, e participei das idas e vindas e da desistência do final. Você foi muito na minha vida, desde o ínicio eu quis ter você. Não o contrário. Eu cansei das felicidades esporádicas, das cerimônias, dos destratamentos, das dores, do amor sofrido, da alegria avulsa. Se foi assim durante tanto tempo, não iria mudar. Não vamos. Nem voce e sua instabilidade e nem eu com meus mimos. Eu ainda sinto por ti um respeito enorme, um amor puro. Mas não mais a vontade de viver contigo, isso me doeu, me fez mal, ruim. Hoje, sem culpas ou dores, eu sigo seu conselho e aceito que não é do seu lado minha felicidade, aceito que não iremos nos transformar em prol de um amor. Fui ser feliz e não volto, fui cuidar do que meu coração pede, do que meu corpo era carente e do que minha alma sentia falta. Fui cuidar de mim e não mais me anular frente a um amor, porque quando o amor é verdadeiro e fiel ele edifica os dois, juntos.  

rot

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

"Somos o que há de melhor"

É a parte mais engraçada disso tudo é que estou ansiosa, pra te ver, pra sentir algo mudar, ver meu coração se encantar por você. Não troco isso por nada, nem pela minha cama quente. Eu espero não te querer, não te amar, espero apenas que seja bom. Eu te quero de um jeito leve, que só a gente sabe ser.

Renata Oliveira

domingo, 19 de janeiro de 2014

O trem que chega é o mesmo trem da partida...

Já não me preocupo em escrever pra ti, em falar da sensação enlouquecedora de sentir teu cheiro e relembrar teu toque, mas já não posso tê-lo. Já não és nem 1% meu, nos perdemos em alguma dessas curvas que a vida fez nestes últimos meses. Te aceito como minha libertação, com a alegria dos primeiros dias acompanhados de luz. Obrigada por me tirar do escuro, por me mostrar que é melhor ser leve que ter um amor doentio. Obrigada por ter temperado meus dias e mostrado que ainda é possível se apaixonar, louca e perdidamente, como me apaixonei por você. Aqui fica o carinho de quem te amou brevemente e que aceita que tua grandeza não cabe no ínfimo espaço de tempo de minha vida.

renatinha

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Lembra que o plano era ficarmos bem?

Era engraçado começar um ano sem emoção alguma. Sem ansiedade, sem esperança, sem amor. Engraçado, mas doído. Pior ainda ver que a impressão ruim ficara pra ti. Culpa dela a falta de compreensão, de paciência. Ele era o anjo batalhador e ela a tentação paranóica. Ele não tinha participação nenhuma na que da  paixão, do desejo, das esperar. Esta era a impressão que ficava, ela não tinha a capacidade de entender. Não sabia para onde tinha ido o amor que sentiam, ele sempre virava o jogo. Será que pensava que era fácil querer tê-lo e não poder? Estar juntos só quando cansados? Não amá-lo? Sentia saudade, falta, e ele não a queria suprir. Estava a mercê  e ele ainda pedia compreensão. Só queria ser digna de ser lembrada, querida, desejada, amada. Saber que ele tinha vontade dela, apesar de tudo. Mas já não era assim, tornara-se a agonia dele, o peso de suas esperas. Restava agora - tentar - ir em frente, ser feliz com o que ainda lhe pertencia. A saudade era grande, o amor também, mas nenhum dos dois superava a dor de saber que era a pedra em seu sapato, seu tropeço, que ele não a esperava da mesma maneira que o esperava todas as manhãs, tardes e noites, em cada hora de seus dias. Por que acreditava, ainda, que ele quisesse se apaixonar por ela e conquistar aquele coração que ainda era seu.

rot



Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.