➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Amargo gosto da revisão,

Perdão, Senhor!

Embora bem intencionado e cheio de boa vontade, nem sempre acertei em meu relacionamento humano.

Eu queria ser uma flor e fui um espinho...

Eu queria ser sorriso e fui mágoa...
Eu queria ser luz e fui trevas...

Eu queria ser estrela e fui eclipse...

Eu queria ser contentamento e fui tristeza...

Eu queria ser força e fui fraqueza...

Eu queria ser o amanhã e fui o ontem...

Eu queria ser paz e fui guerra...

Eu queria ser vida e fui morte...

Eu queria ser carinho e fui rudeza...

Eu queria ser sobrenatural e fui terreno...

Eu queria ser lenitivo e fui flagelo...

Eu queria ser amor e fui decepção...

Recebe, Senhor, em tuas mãos de misericórdia e perdão infinito o gosto amargo desta revisão.

sábado, 25 de dezembro de 2010


"Chegue bem perto de mim.
Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa.
Ou não diga nada, mas chegue mais perto.
Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada.
Daqui há pouco você vai crescer e achar tudo isso ridículo.
Antes que tudo se perca, enquanto ainda posso dizer sim, por favor, chegue mais perto."



. Caio Fernando Abreu (Ovelhas Negras) .

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bom recomeçar, poder contar com vocês ♪


Ah,    meus amores. Minhas vidas, o que me fez e faz renascer diariamente. Agradeço à vocês por me manterem viva nesse 2010, agradeço à vocês por cada abraço; cada rasteira; cada xingo; cada mordida; cada beijo; cada pinga; cada selinho; cada beijo no nariz; cada risada enlouquecida; cada choro calado; cada agarro; cada música cantada desafinadamente; cada jogo de damas; as fotos; os vídeos; as frases. Foi o conjunto de tudo isso, que manteve forte. Me manteve sã.
É impossível nomear todos, mas lá vão alguns: Alexandre, Caah, Luan, Wass, Well, Bruno, Thalita, Sol, Rafael, Juninho (altas mágoas rs’), Gui, Washington, Mário, Severo, Samuel, Renato, Jú, Valentina, todos presentes e fortalecedores.
Sou enlouquecidamente apaixonada por vocês, é algo inexplicável. É amor, é imenso, é loucura, insanidade & desejo de estar perto. É algo que não consigo descrever, é uma necessidade de estar perto e de rir junto, de cantar, de chorar. É amizade, nos mais belo sentido e sem pretensão alguma. É uma troca de olhares, de fluidos (Uii) que nos faz ser, quem somos. É algo nosso, meu e de cada um de vocês.
São as brigas, os tapas, as mordidas que arrancam sangue, deixam marcas e ferem. Mas que demonstram meu amor ! Cada frase dura, cada emoticon tarado. Eu amo tanto vocês, que sei que Deus pôs vocês do meu lado, para me manterem saudável. Obrigado, mesmo. Obrigado por terem me xingado, por terem me feito aprender. Foi cada patada monstra, muitos bordões. AHAHAHAH’   foi nosso, esse ano foi o começo e a confirmação do nosso namoro, da nossa paixão que espero que seja eterna. Foram momentos especiais, foram risadas em grupo descontroladas, foram momentos calados juntos, risadas baixinhas, broncas de professores que não nos agüentavam mais, veinhas na rua surpreendidas com nossa aproximação (6’
Grata pelo amor, pela dedicação, pela cumplicidade, pela amizade. Pela loucura, que é nos ser !

Renata Oliveira

Revisão

Hoje já é dia 21 de dezembro. Aquele ar diferente do Natal há algum tempo já não chega, não muda nada. É só mais um fim, só mais um começo. Escuto as mesmas músicas da mesma rádio de anos atrás, leio os mesmos livros, acrescento do novo pouca coisa. Não vou me atrever a dizer que sou e serei a mesma; tantas coisas me pegaram de surpresa & tantas outras que chegaram a me chocar. Foi um ano produtivo, não necessariamente bom. Vitórias ? Não vou exagerar, mas meu egoísmo aumentou um pouco. Nenhuma conquista nova, os 15 anos não fizeram a diferença que eu esperava quando eu tinha 11. E olha como falo, como se já tivesse vivido décadas; não sei se passo de quatro. Meu blog teve muitos mais textos, mas como já falei, nada que me agrade ou do que me orgulhe. Textos, dores, agonias, alguns regozijos. Não tenho a vontade de muitos blogueiros, de transformar isso em livro. E me prometi essa semana, não esperar mais nada, não acreditar em coisas incertas. Prometi à mim, (não que seja de grande importância, mas pode funcionar) viver, me entregar, fazer a minha parte. Sonhos não me ajudarão a começar a viver, tão poucos projetos e planos incertos. Vamos viver, vou viver.  Mas entre todo este desgosto visível e esse desprezo perceptível, 2010 foi um ano agradável em algumas partes, foi muito e muito mais bem aproveitado; fiz o que não devia, fiz ainda mais o que devia; experimentei o que ainda não conhecia; fiz o que já conhecia, mas ainda abominava. Não me arrependo, fiz. Fiz com gosto. Sofri com gosto. Amei com gosto. Os amigos adorei de maneira intensa, abracei, ri, beijei, pulei, agarrei, tudo tudo tudo eu descobri e redescobri em 2010. Confesso que esperava menos, ou em alguns sentidos mais. Não queria muito do que passei, mas me tornei o que eu sou hoje. Mas em contradição, aprendi e ganhei algumas outras coisas. No fim, ou quase no fim, eu digo que  foi produtivo; as amizades, as dores e amores entram nesse produtivo. O resto, eu     risquei.

Renata Oliveira

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

força -

"Aquele que não enfrenta o inferno de suas paixões, tampouco as supera."

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Mas houve um tempo, em que eu vivia sozinha


Mais um domingo se foi, é chato se preocupar com estar apresentável para os outros, mas já que é necessário; lavei os cabelos, sequei minha franja que insiste em enrolar; lixei as unhas, separei minha roupa. Atos que não conseguem me entreter, não conseguem satisfazer meu desejo de fuga.
Fuga, o que ando tentando fazer; cheguei a essa conclusão esses dias. Conversar com aquele que causou parte de minha de cadência me fez enxergar. Não quero conviver com a dor do que perdi, com a cicatriz, grande cicatriz, que se faz ver em mim depois de tudo que passei.
Quero, independente da forma, não ver mais no que me tornei. Queria não recomeçar, mas começar de novo, ocultar essas cicatrizes e fazer de mim uma pessoa com sentimentos renovados. Mas tudo ao seu tempo, e este tempo não quer que eu comece de novo agora. Deve haver um por quê.
Sempre acreditei na intervenção divina, não vai ser diferente agora. Minha necessidade de acreditar algo se mostra destrutiva; fiquei outra noite sem dormir. Tudo bem, não sou burra, mas amo. Vou acreditar, vou estar aqui, mas não vou me depreciar. Auto-flagelação, não mais.
Os dias querem vir, que venham. Novas amizades querem se apresentar, que cheguem. Novos amores querem surgir, que me possuam. Que tudo siga seu curso, que eu pare um pouco de magoar, à mim e a outros.
Que eu tenha um fim e começo de ano, não pensando nele, como foi em 2010. Mas pensando em mim, pensei nele e ele me deixou, com meu blog.

Renata Oliveira

domingo, 19 de dezembro de 2010

-- discreta droga ,

Aos caminhos, entrego o nosso encontro e se tiver que ser, como tem que ser, do jeito que tiver que ser, a gente volta um dia.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Mais um ano acabou, meu ano de negativas. Incrível como o tempo passa, escrevo e depois não gosto de nada que eu escrevo. Cheguei a pensar esse ano, em apagar este blog, pra eu não ter o que ler das minhas agonias e coisas vividas. Não consegui, seria apagar uma grande parte da Renata, que eu e tantos outros sabem que existe e conhecem. Continua ai, mas não significa que eu goste do que escrevo; reconheço que minha veia poética anda fraca, quase não se manifesta. Mas já tive crises piores, essa eu vou passar. Deixei as expectativas, agonia já vivi demais. Meu corpo vai começar a reclamar de novo, e não quero isso, me apavora ver que já não aceito os alimentos. Eu quero, mas já que isso não basta. Não vou enlouquecer, outra vez. Uma quase morte já me satisfaz, tanto que já consigo falar dela. Já consigo falar com aquele que me feriu e não ficar confusa. Saber o que se quer é divino, e saber que não se pode ter e continuar “calma”, também é útil. Não vou morrer. É triste ver a realidade e a possibilidade se esvaírem.

Renata Oliveira


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

.

"Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso."  

           Caio F. Abreu
 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sabe do que me dei conta ?

Quando enlouqueci e entre na decadência que até hoje me ronda, meu amor só foi fiel à ti e ao meu irmão.

Renata Oliveira

eu sou egoista, eu sou.


O inconsciente não quer vir, agarro meus dois travesseiros e por mais uma vez olho sua foto na minha cabeceira. Tomara que tudo dê certo, ou ao menos, que nós dois sejamos felizes independente de lugar e acompanhante. Vejo a foto, e vejo que você pode ficar só ali, paralisado no tempo como alguém que eu realmente adorei. O fascínio de imaginar você ao meu lado ocupa meu dia, seu jeito, seu olhar, seu sorriso. Um fascínio sem por quê, afinal, por qual motivo eu amaria você assim ? Vou fazer o possível, ainda, pra ter você aqui comigo. Minha filosofia não te convence, mas sei que curioso por mim, você também é. Rezo, peço luz. O desejo é grande, a tentação que é desistir me ronda. Mas posso desistir de quem eu amo ? Eu me perdoaria ? Somos opostos, em tudo, até os astrólogos dizem que é melhor fugir. Mas você, você é aquela questão que eu quero ao menos, conhecer. Desafio ? Se fosse eu já teria desistido, é algo maior, que rege essa minha obsessão por você. Você prefere o talvez, por medo. Eu prefiro o sim/não, pela certeza. Algum dia concordaremos ? Ficaremos juntos ? Eu preferiria ter a certeza do não, do que a incerteza do talvez. Sou a favor de tentar, ou de ser direto. Mas tanta coisa há de vir, e o Xeque-Mate parece se aproximar. Se ele já não passou.

Renata Oliveira

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

No fogo o gelo vai queimar ♫

Nunca fui fã do frio, mas hoje meu corpo pediu calor. A agonia de sentir longe, me fez entrar num estado que não sei definir. Inquieta ? Talvez. Tentei me concentrar em algum texto, não consegui. Fui pro chuveiro, liguei no máximo, fiz cada parte do meu corpo absorver o calor que ele  me propiciava, lavei os cabelos, passei um longo tempo ali. Também não funcionou, ao tentar fazer meu corpo relaxar minha mente continuava nele. Não acredito na desistência dele, mas eu to quase lá. Quero muito escrever, mas uma preguiça me invade. Desgosto ? Muito, algo que tento mudar. Tento. Nada me distrai. Músicas, textos, livros, novelas. Nada funciona, como funcionava. Devo estar imune. Ele anda invadindo meu campo e assim, desvia tudo pra ele; só ele é capaz de me tirar desse torpor. Ele, que pelo visto, vou ter que deixar aqui nas linhas deste blog. Não adianta minha cara de pau, um de nós ainda tem medo. Do que ? De que ? As barreiras são sim, transponíveis e nós somos fortes.Eu amo-te, sem pretensão nenhuma, mas com a necessidade da presença. Eu sou egoísta, quero você para uso meu. Um ótimo uso.

Renata Oliveira

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Essa noite eu tive um sonho, de sonhador maluco que sou ♪

Mais uma vez, naturalmente, você apareceu em meus sonhos. De forma decisiva. Foi simples, mas muito direto. Tenho medo de falar contigo, e ser como o sonho, o momento de decisão. Quero você comigo, mas não quero ter que implorar o amor, se não eu saio; fico ao lado de alguém que queira amar. No sonho, mais do que espontâneamente, nossos lábios se encontraram e desencadearam fatos que só confirmaram o nosso estranho amor. Apresentação, formalidade. Você tomou conta do meu subconsciente, ou eu devo estar me iludindo. Deixa eu gostar de você.

Renata Oliveira

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Amava com a força daqueles que não desistem nunca daquilo que quer ficar !

Eu não aguento mais isso. Eu sinto por você uma obsessão, que não nego. Eu nunca sei o que eu quero, sempre fui volúvel e continuarei a ser. Mas eu to aqui, por você já tem um tempo. Diz pra mim que sim, ou que não. Me tira dessa angústia. Por que eu vou continuar insistindo, por que eu não quero você longe. Desiste, mas me convença a desistir. E a partir desse momento, não mais insistirei e nem lembrarei. Não quero que isso aqui dentro de mim vá embora e tome outro lugar. Eu não quero, aquela vida de novo. Eu quero outro instável comigo, para que eu possa me estabilizar.

 Renata Oliveira

sábado, 11 de dezembro de 2010

Comunidade em Transformação

Por nós, vale a pena.

"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou (...). Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia (...). Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser à toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar."

 

Negativas

E mais um ano se passou ♫ e cá estou, mais uma vez, revendo meu ano e minha vida patética. Sem dúvida alguma, esse foi meu ano das negativas, o ano em que cai na real da vida. Perdi meu amor, perdi amigos, perdi a pouca vergonha que eu ainda usava. Perdi e fiquei olhando; perdi mais que ganhei. Não fiz nada de muito útil, continuei com a mesma personalidade implicante. Quase morri, quase tive um enfarto quando deparei com minha mãe me balançando pensando que eu ia morrer. Quase me afundei, quase. Foi o ano das negativas, dos quase e dos talvez. Mas eu tive tanta sorte, eu deixei Deus tão de lado e ele ficou comigo, ele não deixou que eu cometesse um erro ainda maior, ele não deixou que eu afundasse minha vida, me pegou pelo último sopro da minha alma. Ele continuou ao meu lado, ficou comigo e me mandou novos motivos para seguir . Ele viu minha dor, acalmou meu choro e silenciou meu grito, me mandou anjos e cúmplices, me mandou amigos, novas pessoas para amar. Foi o ano em que me dei conta do quanto o ambiente ao meu redor me afeta, o quanto a hipocrisia ao meu redor me dá repulsa e o quanto eu não posso conviver com gente torpe. Foi o ano em que me libertei, da pior forma possível, que adquiri o conhecimento que me fudeu, literalmente. Ah como a ignorância me faz falta. O mundo realmente jaz no maligno. Vi promessas serem quebradas. Apostei, e perdi. Tentei buscar algo sério, mas continuei presa no que me arruinou. Caminhei sem rumo, me entreguei, corri, perdi o prazer nas coisas que gostava. Me mantive agarrada aos meus princípios que me levaram a abandonar tanta coisa. Vacilei. Me torturei, condenei-me a loucura. Sai dela por intervenção Divina, na qual sempre acreditei. Foi o ano em que me tiraram o ato que mais amava e que exigiram que eu ainda permanecesse. Foi quando eu desisti, deixei, pra dar um tempo permanente. Foi nesse ano que magoei tanta gente, pelo simples fato de terem acabado comigo e de eu ter quase morrido, e nunca mais querer experimentar o amor. Foi nesse ano que desisti do meu diploma de jornalista, que desisti da carreira, que decidi casar e ter filhos; foi em 2010 que descobri como é bom fazer enxoval de nenem e o quão libertador pode ser isso. Este me ano me ensinou uma coisa, a sobrevivência.

Renata Oliveira

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

- e eu gosto de vc, com uma força bruta que não entendo bem ♫

"Talvez isso mude.
Talvez você entre na minha vida
sem tocar a campainha e me sequestre de uma vez.
Talvez você pule esses três ou quatro muros
que nos separam e segure a minha mão, assim,
ofegante, pra nunca mais soltar.
Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor.
Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava
afundou num copo de cachaça e virou utopia".

Caio F. de Abreu

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

quando eu olhar pro lado, eu quero estar cercado só de quem me interessa ♬

Essa coisa que to sentindo, é confusa. É visível a minha necessidade por algo novo, pelo melhor. Eu quero tanto, mais tanto. Queria que confiasse em mim, que não ligasse pro resto ao nosso redor. Qualquer decisão, sua, minha, vai afetar outras pessoas, vai causar reboliço e até raiva. Mas a vida e a felicidade que está em jogo, pertence a nós dois. Quero muito ver você muito feliz, como for; quero também, essa felicidade em meus olhos que ficam negros quando te vêem. Há dúvidas ? Quais ? Esclareçamos nós,  tudo. Não quero, mais uma vez, deixar passar a chance da grande felicidade. Vou continuar sonhando porque é de graça. Mas não quero ter que desistir, pra morrer em seus braços.

"eu não posso viver sem a minha vida. não posso viver sem a minha alma."

                          Renata Oliveira

- não me deixe só .

Sabe aquele brilho dos meus olhos ? Existe até hoje. Por mais que esteja ofuscado na frustração. Eles ainda vibram quando te vêem. Eles ainda pedem, que eu me aproxime mais. E eu não quero mais grandes palavras, as palavras simples é que expressam o grande amor que sinto por você. Que sinto e que quero viver.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

- quero saber do certo.

E eu não me arrependo de nada. Dói ver o quanto poderíamos ter sido felizes. Mas vivi o que tinha que viver e pelo tempo que nos foi dado fui feliz. Amei, muito. Chorei, sofri, padeci, mas aquela dor foi embora quando viu o desdém em seu olhar. Nunca mais, a gente erra uma vez, duas, mas a terceira é burrice ! A hora que teve pra se redimir você gastou com sua vida medíocre, não insista, nem você e nem qualquer outro ser humano que ache que do seu lado posso ter um vestígio de felicidade. Esse trem já passou, o novo vem e vem com todo o esplendor que posso querer, e não só isso, vem e me faz feliz, só de pensar nele meu rosto de ilumina e meus olhos brilham.  Já passei da fase do masoquismo.

Renata Oliveira

domingo, 5 de dezembro de 2010

você,

" Então eu quero que você venha para deitar comigo no meu quarto novo, para ver minha paisagem além da janela, que agora é outra, quero inaugurar meu novo estar-dentro-de-mim ao teu lado… Vem para que eu possa acender velas na beirada da janela, abrir armários, mostrar fotografias, contar dos meus muitos ou poucos passados, futuros possíveis ou presentes impossíveis… Vem para que eu possa recuperar sorrisos, gritar, cantar, fazer qualquer coisa, desde que você venha, para que meu coração não permaneça esse poço frio sem lua refletida. Porque nada mais sou, além de chamar você agora… Porque não, porque sim, vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameaça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido. Vem, então, e me leva de volta para o lado de lá do oceano de onde viemos os dois”.

                                                                   Caio Fernando Abreu

sábado, 4 de dezembro de 2010

experimento,

                                                                        Eu já não sei se falo de amor ou de medo, só sei que falo.
                                                                                        Meus pés estão longes, próximos desse chão, céu;
                                              mas basta ser covarde, hipócrita, sensato, sincero para que tudo
                                                                    possa dar certo, errado, imprevisível !


                                                                             Beat é anagrama de BETA !

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

-

                                                               esse trem já passou ...

                                              ...    só quero saber do que pode dar cert

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Já passou,

Eu já tinha me despedido desta história a algum tempo, com força o suficiente para não me culpar e não sofrer mais do que necessário; mas ele resolveu trazê-la de volta a meus pensamentos. Por quê? Também me pergunto, mas não quero saber a resposta, não quero ter a certeza daquilo que imagino ou que quero ver. Quero continuar aqui. Foi o que eu consegui nesse período sem ele, continuar com minha vida extrema mas em perfeito equilíbrio. Não quero balançar, não quero cair agora e não mais voltar, a dor e as consequências dela acabaram comigo, me levaram ao quase morte , e, isso não é algo que eu queira reviver. Não quero um reencontro fútil e frustrante. Li em algum lugar e concordei plenamente, se o amor passa da hora de terminar magoa profundamente, mas nenhum amor consegue acabar antes, senão não é amor. É tudo tão complexo, me arrependo de ter começado isso à quase dois anos, teria me livrado de muita coisa repulsiva, teria me livrado da angustia que é me ser. Mas não, não fui forte para permanecer sozinha sem a sua apreciável presença. Tudo o que aconteceu não só me magoou, mas me machucou e cravou feridas graves e profundas em mim, me fez olhar de modo diferente tudo, me fez amar o tempo que me cicatrizou. Mas, vendo de outro modo, sem o que você me fez passar e minha completa imbecilidade em insistir em amar você, eu não seria metade de quem sou hoje. É triste, e ainda agora, ao lembrar do que perdi e de que nada ganhei, me aborreço e entristeço-me, o amor que sentia por você, em cada ato estúpido que cometestes e em cada ação que mostrava que não queria alguém como eu por perto, se transformou em algo muito pior que raiva ou ódio, se tornou algo desprezível. Nessa hora sinto repulsa do que eu sinto. Está agora, tudo estabilizado. Continuo com a vida desregrada, com as paixões físicas e sentimentais, com as amizades enlouquecedoras, continuo “aproveitando” a adolescência que me deram. Eu sinto sua falta, e a falta é a morte da esperança, porque sei que aquilo que um dia fomos, o amor que um dia vivemos, a inocência, as descobertas, a alegria sem motivo, acabou junto com a sua hipocrisia e com o meu orgulho e hoje ? Bem, não nos resta mais nada a não ser ignorar o passado e esquecê-lo, por que acabou. Só isso. Passou. Se serei capaz de superar isso ? Não sei, se serei capaz de me perdoar e de perdoar-te ? Também não sei, paguei um preço caro pelo que vivemos. Quero reencontrar-me.

Renata Oliveira



Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.