➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

O meu erro foi crer que estar ao seu lado bastaria...

Meu problema sempre foi querer ações, o dele, nunca entender as minhas ações e só prestar atenção nas palavras. Eu dizia que não com a língua, e que sim com os lábios no dele. Eu dizia que tinha ido, estando ao lado. Eu dizia que o fim já tinha passado, abraçada aos seus braços. Ele preferiu me ouvir, não me ver. Ele preferiu desconfiar de mim, e não olhar o quanto eu era leal. Ele preferiu questionar enquanto eu montava álbuns, planejava viagens e pensava no nome do nosso cachorro. Ele preferiu me julgar, enquanto eu esquecia nosso passado. Ele preferiu me ofender, enquanto eu só quis amar. Até que um dia eu preferi estar comigo, preferi me amar, e preferi organizar meu futuro. E ele, mais uma vez, entendeu  minha paz como agressão e me magoou. Aguentei muitas mágoas, de muitas pessoas. Aguentei decepções incontornáveis, das quais nem me lembro mais. E sei que ainda não passei minhas maiores dores, que não perdi minha mãe e que um filho ainda não me decepcionou. Mas como disse Débora Diniz: "a dor do outro não é a minha dor", e eu não posso entender o que ele acha, e ele jamais vai entender meu coração partido. Por isso, quando escrevo, digo adeus a algumas lágrimas (das muitas que virão) e aceito a dor lentamente, a espera do dia em que ela pare de doer. Eu te amei, ainda amo. O amor é engraçado, é dolorido, é sofrido. Mas foi eterno enquanto durou.  

Renata Oliveira 

domingo, 13 de dezembro de 2015

To forget...

Aceitar o que escolhi, engolir meu choro entre sorrisos e entender que nem todo mundo entende o respeito da mesma forma. Como diria Doctor House: as pessoas nunca mudam. E não seria agora. Criar tudo, menos esperança. O tempo vai levar a mágoa, vai secar as lágrimas, e vai curar a ferida que tanto foi reaberta. Seguir em frente é o segundo passo de tudo isso, gastar o choro, as noites em claro, esquecer os sonhos. Os dias têm sido difíceis, mas a fé de que o sol vai abrir e o tempo melhorar é maior. 

Renata Oliveira

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Sou minha!


Não é porque um dia eu sonhei em usar um vestido branco de princesa, que você vai voltar. Não é porque eu sonhei nossa casa, mobiliei tudo na memória, que dormiremos sob aquele teto. Não é porque estás nas minhas roupas, no porta retrato, no álbum, no celular, no meu ser, que você continuará aqui. Bem sonhei que meus pequenos atos de amor te contagiassem, que meus bilhetes, minha insistência em fazer planos, em sonhar grande algo te fizesse ser diferente. Mas no final, eu que mudei. A menina que sonhava já estar casada, a menina que sonhava com o bebê nascendo dentro daquela casa, a menina que desejou ser sua mulher, foi embora. Ainda é difícil ver essas coisas na vida de outras e pensar que meu sonho mais bonito, o de ser família, tenha sido desfeito. Ainda é complicado encarar que amar alguém, e ter filhos e um São Bernardo sob o edredom não vai se concretizar tão rápido. A saudade é traiçoeira, mas ainda meu amor por você. Matei meus sonhos pelo sonho de ter sido sua, agora estou aprendendo a sonhar comigo.

Renata Oliveira

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Box

A decisão de voltar a escrever é difícil, ainda mais agora depois de tantas coisas. A técnica de deixar os sentimentos guardados dentro da caixa funciona bem, mas dói demasiadamente. Decidi voltar aqui pra ver se melhora a sensação de fracasso, de falha, de dor. São tantas coisas que passam por essa cabeça e por esse coração chagado que guardar talvez seja o mais certo, ignorar talvez seja o mais correto. Mas depois do ataque nervoso e de uma nova doença, meu corpo insiste em me mostrar que talvez não seja tão certo, talvez eu deva falar. Só tem um problema, palavras não voltam. Quando tudo o que eu sinto ta guardado dentro da caixa, é fácil, eu penso em outra coisa e a dor vai passear. Mas e quando eu já falei? E quando eu  já escrevi e ela permanece? Ou só muda de roupa? Só isso já me assusta, milhões de coisas pra dizer, ninguém pra ouvir. Na dúvida, eu voltei.

Renata Oliveira

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Coração, não é tão simples quanto pensa

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Sobre comédias românticas, dramas românticos e romantismos

Hoje, depois de gasto longos minutos assistindo Orgulho e Preconceito, me recordei o por quê de ter desistido dos filmes de amor: eles não existem. Assisti a esse filme porque ontem mesmo assisto 'A Duquesa" com a mesma atriz e, fiquei absolutamente apaixonada por ela! Sempre falho com nomes,  mas a moça é de uma beleza rara, estonteante e dona de um sorriso que nem os poetas traduziriam. Mas voltando, o amor não existe (ou existe e nesse exato momento estou negando-o), o amor é uma escolha. As vezes me pergunto se fiz a escolha correta, se raciocinar o amor como fiz seria a coisa mais adequada. No primeiro filme, por orgulho dela e preconceito dele, eles adiam o amor e sofrem. No segundo, ela absolutamente apaixonada se casa e, sem esperar, se depara com um marido rude e infiel. O amor não é formula exata, nunca encaixará corretamente. E por isso, como Bree Van De Camp, coloco meus sentimentos dentro duma caixinha no fundo do baú e sorrio. Afinal, ninguém jamais sentirá como eu, e escolher ser feliz sem isso foi uma opção totalmente minha.

Renata Oliveira

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Sobre a ausência

Eu decidi me retirar, decidi ficar comigo por um tempo. Fiz minhas escolhas, refleti sobre cada uma delas. Revi meus erros, meus acertos, meu projetos pro futuro. Decidi, então, crescer. E embora falte muito pra que me torne mulher, porque - incrivelmente - até hoje não me sinto uma, tenho avançado no quesito. Aprendi que é melhor fazer uma escolha e aceitar suas consequências, é melhor que não ter escolha nenhuma, que estar em paz com meu cérebro e coração significam mais que qualquer imagem, que cuidar de mim e corresponder a mim mesma, me torna mais feliz. Eu aprendi que ser é questão de escolha, de um levantar da cama e ir em frente, de viver. Escolhi ser feliz depois dos choros, das frustrações, dos desamores, das partidas. Escolhi não matar o amor que senti pelo amor da minha vida, mas aprender a amar outros amores. Decidi sorrir enquanto há tempo, beber enquanto o copo está cheio, e não me esquecer que amanhã seguirei em frente. Deixei meus erros onde eles deviam estar, deixei minhas paixões onde elas ocorreram, deixei meu amor guardado no fundo do baú com fotos, e não carrego mais bagagem alguma a não ser fé e coragem. E tudo isso, eu só pude enxergar quando me dei a oportunidade, quando me fechei, e me abri. Quando, como Renata, renasci.

Renata Oliveira

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Restart

E eu levo minha vida assim, sempre agitado
Sempre aqui, ali, ai, mas nunca parado
Minha rotina é não ter rotina, tá ligado?
Às vezes eu tô sozinho, às vezes num aglomerado


Não uso muita coisa não, só um destilado
E de vez em quando dou uns dois no baseado
Já exagerei eu sei, coisa do passado
Que foi necessário para o meu aprendizado


Não vô pra igreja não, mas fui batizado
Hoje eu não frequento, mas tô bem acompanhado
Forças do universo me deixam equilibrado
Forças do alem mantêm o meu corpo fechado

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Todo mundo perguntou o que, mas não o por quê.

Letras, Jornalismo, pensou em política, escolheu pelo direito. Mas sonhava com a História, com a Música - e muito raramente - com a Matemática. Ela tinha todos os sonhos do mundo guardados naquela cabeça tímida, tinha a coragem de um exército pra viver, por mais que a preguiça viesse. Se cansava das pessoas sem estímulo, sem astúcia. Como escolher direito e não amar ler? Como querer viajar sem entender a cultura do outro? Não entendia a capacidade do ser humano de se desumanizar ignorando sua racionalidade. Ela não queria ter nada, não estava ali pela casa com piscina daqui dez anos, ou ainda pelo salário de cinco mil reais  em algum escritório. Estava ali porque amava a causa humana, o ser, o dever ser. E era isso que queria, ser a menina de seus sonhos adolescentes que um dia, ou em muitos, conheceu o mundo, a vida, e o Direito de todos os povos.

Renata Oliveira

quinta-feira, 21 de maio de 2015

V O N T A D E

Ela só queria viajar, conhecer sentimentos e emoções, amar, ser amada, sentir o vento frio do inverno que chega bater em sua cara quente do verão que não quer se despedir. Ela só queria ter alguém que entendesse suas crises, sua poesia, seu amor por dormir e sua vontade de louca de viver. O mundo era pouco pra ela, o dia era curto. Não foi feita pro horário comercial, tão pouca pra ser trancada em paredes cinzas com o frio do ar condicionado. Nasceu pra viver, não pra respirar. E agora, o que mais doía dentro daquele coração era não ter alguém pra segurar sua mão e aceitar rodar a cidade, o país, o mundo. Um dia encontrou um com a mesma poesia que a dela, mas sem a coragem. No outro, encontrou quem faria dos seus dias quentes até no frio do Rússia, mas ele não queria viver. Depois, encontrou que quem queria viver, mas não podia, não via poesia. Optara, então, aquele dia que seria só ela e o resto dos dias; apesar do medo, apesar das contra-indicações, do tempo, do dinheiro, da falta de alguém. A vida não tinha mais segredos, só exigia vontade!

Renata de Oliveira

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Na vida tudo passa, não importa o que tu passa

Carpinejar disse, "tu nunca te separas, porque você cria um idioma inteiro pr'aquela pessoa." E eu precisava de uma palavra, precisava de uma frase que definisse esse momento. Você, meu querido e amado blog já deve saber que momento é esse, momento pós-torpor. A saudade bateu forte, gritou. A dor me derrubou, levou todo e qualquer sentimento. E depois desse nem tão longo sono, parece que meu coração começa a despertar. A dor que tinha de ser vivida, foi. A alegria, já não existe. Meu coração aceitou que jamais esquecerá aqueles caminhos, aqueles lençois, a escova, o sofá; meu coração aceitou que eu sou feita de tudo que já amei, de cada rua que percorri, dos amores fúteis - porém intensos - que dominam meu coração. Fui completa naquele momento, hoje já não sou mais. Mudei, meus sonhos, desejos, visões e anseios, também. Mudei, mais uma vez, que não será a ultima. Meu coração já aceitou, darling. Agora a vida precisa aceitar.

Renata Oliveira

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Conversa a dois

Fabrício: _ Tu amou muito?
Ana Carolina: _ Muito, muito, muito, e estou disposta a amar até o fim dos meus dias!
Fabrício: _ Mas tu quebra, e continua, como funciona isso? Tu não te fraturas nas separações?
Ana Carolina: _ É bom sofrer, esses sofrimentos precisam ser vividos, da dor, da perda. Perdeu alguém? Sofre! Deita no chão molhado, chora no banheiro, bebe. Eu acho que você tem que viver aquele sentimento da perda. Tem que se fuder logo.

 É por isso que amo eles ♥

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Felicidade é só questão de ser?

Sempre falaram que a unica coisa que queriam  era a felicidade dela, mas não foi isso que aprendeu. Aprendeu a lutar pelo que queria, com  a mãe; a não levar a vida tão a sério, com o pai; a usar sua inteligência da melhor maneira possível, com o irmão; e ser meiga, ainda que só um pouco; como a irmã. Mas ser feliz não entrou no check list, não virou hábito do dia a dia. Uma vivia pra servir, fazer os outros felizes e se martirizar pelas escolhas "obrigadas" que fez; outro não aceitava a vida que tinha construído e as consequências de suas - más - escolhas; quem ela mais ama, com um simples tragar, rompeu todo o seu conceito de que o que é certo, é certo; e da última, só exemplos de renúncias mal feitas, não aceitação e tristeza. De fato, ser feliz ela não tinha aprendido. E por mais que todos os conselhos fossem pra sua felicidade, eles não tinham essência, não tinham exemplo. Não estude isso porque você não vai ter sucesso, não mude de emprego porque não terá segurança, não saia no sábado a noite porque tem prova semana que vem, não namoro ele porque ele não te merece, não ande com ela, porque ela é uma fofoqueira. Ela nunca ouviu que devia seguir seu coração, seus instintos, nunca ouviu que o sorriso espontâneo valia mais que todas as lágrimas. A ensinaram assim, engole o choro, uma hora passa, uma hora você se acostuma, ninguém morre de amor, ninguém morre de vontade. Mas a verdade é que a cada dia uma esperança dentro dela morria, um sonho, uma verdade e agora a esperança lutava pra poder se libertar, como uma borboleta cega em meio a escuridão, se debatendo dia após dia, pra encontrar a luz.

Renata Oliveira

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Are you ready?


Havia perdido tudo, a fé, a esperança e o amor. Havia perdido a luz do dia, os sorrisos, o gosto que as manhãs tinham - às vezes - bom. Fez desta vez a escolha certa, mas a mais dolorida de todas. Seu coração estava como um corpo atravessado por lanças, ferido, chagado e sem previsão de cicatrizes. Havia dito não pro seu amor, pros seus desejos, pros seus anseios. Ia aprender a ser só ela e a vida, e o sol, e Deus. Acordar, agradecer, viver, ainda que mais existindo que vivendo, mas viver. Não era que ela não quisesse alguém que concedesse o ombro nos momentos frios, é que ninguém o faria sem cobranças e cada dia, a partir dali, seria uma vitória altamente dolorosa, e tudo um dia vai passar, ainda que seja depressa ou demore anos. Ninguém é incurável, nada é para sempre.


Renata Oliveira

quarta-feira, 29 de abril de 2015


Escolhera estar sozinha na pior hora possível, em tão pouco tempo já não sabia como era. O coração sentia saudade e falta ao mesmo tempo, latejando dos dois lados. O dia se tornou escuro, gélido e longo novamente. Era tudo questão de tempo, não sabia o que o futuro reservava, desejava não mais fazer escolhas. Apenas, e simplesmente, viver os dias na paz de ser dela. Um dia disseram "cada um sabe alegria e a dor que traz no coração", e nesse momento ela entendia perfeitamente a frase. Ninguém mais sentiria o que ela estava sentindo, saberia o porquê das lágrimas e o quanto o sentimento de indecisão e incerteza dóia no coração. Não queria ser assim, mas era. Confusa, louca, intensa, impulsiva. Machucava aos outros, e si, duplamente. Só queria ser feliz, não lembrar, esquecer. Só queria acordar e já ter se passado cinco anos, não sentir a vida. Mas sem os momentos de dor, o que seriam os de alegria?



Renata Oliveira

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Me diz como faz, pra te ter mais!

Sinto o efeito do afeto
Mudei meu conceito sobre o que tá correto
Alguns querem bens, outros dividir teto
Quer viajar de leito enquanto eu quero estar perto
Só observo, não me vejo objeto
Que possa ser usado assim, então me entrego
Pior que meu jeito é um pouco diverso
Eu fico iluminada assim, nem me enxergo
Com você perto de mim não tem papo
Eu quero a vida inteira assim e não nego
Basta te encontrar, eu, você e o universo
Pra manter nosso clima assim, tão direto

Seu perfume é um soul, com essência de afeto
É tão louco, o contato é tão pouco
Mas me inspira a escrever versos
Quando você parte leva junto a minha paz
Machuca o coração pensar que a gente pode não se ver mais
Não se ter mais
Me diz como faz pra te ter mais

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Oração para amar

Que eu não troque a sinceridade pelo orgulho, que minha saudade seja maior que a teimosia, que não finja que sou forte, que não tema minha exposição, que procure ser honesto com o que sinto ainda que custe sofrer mais, que eu não seja dramático com o tempo contra, que tenha paz em mim pra não me ofender com as diferenças. E, principalmente, que somente meu coração decida, mais nada, mais ninguém. Amém.

Carpinejar

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Meu sonho bom ♥

Nesses dias, mais que nos outros, sinto vontade de acreditar só por mais um momento nas suas palavras. Palavras que sei que na próxima oportunidade se esvairão. Só pra viver, por mais alguns momentos, tudo de bom que fomos um dia.  Você me veio como um sonho bom, e me assustei, não sou perfeita. Você foi minha esperança, a única, aquela que morre no final. Viestes do jeito que sempre sonhei, com as qualidades que sempre sonhei,  mas trouxestes contigo o pior dos defeitos, aquele que não deixa o amor vingar. Hoje, eu já fui o que tinha que ser, já amei o que tinha de amar. Não há mais sonhos, projetos, nenhuma reação emotiva dentro dos meus projetos. Elas foram enterradas ali, em cada noite fria de desentendimento e gritam, desejando a liberdade. Eu voltaria, sem pestanejar, eu enfrentaria. Mas não pra sofrer de novo, não pra chorar de novo, já chorei demais, ainda choro agora. Guardarei na minha memória cada precioso momento, cada tarde, cada amor, cada bilhete, o formato da sua mão, o cheiro do perfume que eu odiava. Lembrarei do meu espaço no guarda-roupas, da minha escova no armarinho do banheiro, do meu sapato e da minha meia e ainda mais, da dor que foi levá-los pra casa. Eu guardarei os sonhos, as letras de música, as palavras de carinho. Tentarei não lembrar das que me fizeram tão mal e que ainda latejam no meu peito. Mas, acima de tudo, permanecerei aqui, fria e resistente. Porque a saudade nunca traz coisas boas, a saudade é a lembrança desejável do que está no passado e deve permanecer lá, apesar do amor.


Renata Oliveira

Tempo, foi.

"Repassei milhares de vezes, poderia eu desculpar, tirar de dentro de mim, do fundo dos meus olhos aquela imagem? Sabia que não. Desejava profundamente que sim.

[...]

Acaricio a porta...recuo...recolho o amor desperdiçado, os estilhaços deixados...memórias delicadas conservam o pó do descaso.Penso em você atrás da porta, no seu sorriso...suas mãos... guardo as poesias desfeitas, as expectativas, o encontro. Guardo o toque suave por baixo da mesa, o sorriso malicioso, as noites de lua, o céu de estrelas que cobriu nosso amor. A mala sempre pronta, o amor profundo agora esquecido. Penso em você e meu coração se enche de emoção. Guardo em mim o grande amor que tive, os sonhos interrompidos pela insônia do abandono. Madrugada antiga. Não foi a mim que você perdeu, foi a você mesmo. Construindo a escada do lado errado, num mar de orgulho e ilusões. Na hora incerta diante da porta é muito tarde para voltar atrás. Falar não serve. Quando há tanto a dizer o muito vira muito pouco. Da porta que nunca abri, parto enfim. Chegou a hora do reencontro. O reencontro em mim."

Andrea Beheregaray

segunda-feira, 13 de abril de 2015

O nosso amor a gente inventa!


A semana não podia ter começado pior, términos, frio, saudade, amnésias. O amor deu errado, o treino deu errado, até o Trampo que dá sempre certo, não funcionou. Essa seria a semana, se meu coração já não tivesse aceitado os dias ruins. Não é mais como antes, essas foram apenas as primeiras 24h, ainda faltam 144. E as coisas vão mudar, com o pouco de esperança que ainda habita esse coração, a semana vai melhorar, meus dias, meu re-re-começo. Tudo vai dar certo, e se não der, a gente inventa. 



Renata Oliveira

domingo, 12 de abril de 2015

Reto!

Ai tua amiga olha pra você e diz: Aconteceu algo? Cê tá abatida! E tudo fez sentido. Meu coração tinha se quebrado, rompido com os sentimentos bons que me faziam sorrir. Aqueles dias em que o peso cai sobre os olhos tinham voltado, e talvez demorem pra ir embora. Um dia quem sabe eu mudo, eu aprenda. Porque me tornei isso? Embora saiba, ainda não aceito. Seria tão mais fácil se eu não tivesse essa consciência, esse orgulho, essas dores acumuladas. Mas a sina é minha, e devo sofrê-la sozinha. O caminho é pra frente! 

Renata Oliveira

sexta-feira, 10 de abril de 2015

"O caminho é pra frente, reto, sem curvas"

Nem sempre o amor da gente é o melhor pra nossa alegria. Meu coração sangrava toda vez que lembrava dele, do tempo e dedicação empregados em algo que nunca teve e nem terá um futuro. Eu queria ser estupidamente feliz, mas como? Esse deve ser o tal paradoxo imperfeito da realidade. Como ser feliz se quem você sempre amou não está ao seu lado? Como ser feliz se ele está sofrendo? Se as escolhas deles não foram boas? Como? Poxa, meu Deus, não dá pra ser feliz aceitando viver com isso, vivendo pra fazer o outro feliz em troca de raros momentos de gentileza. Eu não nasci pra ser triste, mas não consigo partir. Não consigo me desligar, não consigo acreditar em outro sonho. Eu queria só que ele fosse feliz com ele mesmo, pra gente poder ser feliz junto. Mas ele não é assim, é diferente. Por que? Por que? É desesperador fazer esta escolha, desesperador ir embora dele, seguir, ser feliz. É mais ainda, querer voltar.

Renata Oliveira

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Saudade, já não sei se é a palavra certa para usar.

Ainda, lembro do seu jeito.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Quebrou

Ela tinha perdido, ao mesmo tempo, as três causas que a mantinham viva. Dias terríveis aquele, que ainda perduravam, e que não tinham previsão de se findarem. Um belo dia olhou pro céu e viu que seus melhores amigos já não estavam ali, já não eram confiáveis; os dois que sempre foram seus alicerces, que sabiam de tudo, que significavam tanto haviam se tornado apenas parte da população. Ela o amava mais que a si mesma, era seu exemplo, sua meta. Ele era simplesmente o homem que ela mais amava na terra, o amigo, o pai, o irmão, o sangue que a fazia acreditar que família era pra sempre. Ela, era sua consciência, a única pessoa que sabia mais dela do que ela, a que mesmo sem querer, sabias dos seus anseios e planos, das metas, dos medos. Confiava neles pra se manter de pé, o colo pro qual correria diante da primeira situação de medo. Mas a vida não é isso menina, você devia viver primeiro antes de confiar em alguém. Até neles. Sua mãe disse, a única em quem você devia ter confiado esse tempo todo, uma hora algo ia te decepcionar. Ela já sabia. Meu Deus, como pode alguém aguentar uma dor tão grande assim? Se ela disse isso, era porque seu coração também já tinha latejado aquela dor. Era perda, rompimento, angústia. O que seria daquela menina agora? E o futuro? As raízes daquela família tinham prazo, e isso a assustava terrivelmente. Perdeu o sono mesmo sem saber a validade. Menina, já te disse que era só o começo. Muito mais estar por vir, guarda seu coração, resgata a esperança que você também perdeu. Tenta sorrir, vai viver, uma hora a vida te devolve em flores todas essas lágrimas. Só acredita, mais uma vez, mesmo que a fé esteja por fio, família ainda é a base de tudo. 

Renata Oliveira

segunda-feira, 30 de março de 2015

No que me tornei...

Não, não sou auto-suficiente, soberana, não me acho a fodona é tão pouco deixei de me importar com a opinião das pessoas que gosto. Apenas e simplesmente, parei de depositar nos outros a minha espera pela felicidade. Foram anos acreditando que pra ser feliz precisaria ter alguém do meu lado, fazendo e me apoiando em tudo. Mas, nesses mesmos anos de crença, não foi isso que a vida me deu e ensinou. Já deixei de ir a lugares por esperar alguém, já passei noites em claro porque alguém sumiu sem mim, já vi pessoas sendo felizes pelo simples fato de ser, e eu esperando alguém pra dar a mão à felicidade comigo. Por isso, hoje meu amor faço sim o que eu quero. E isso não significa que eu seja inconsequente, irresponsável. Sei tudo que passei, sei também que meus sonhos são bem caros e vão levar de mim tudo o que eu puder dar. Então não perco mais um minuto sequer da minha humilde e clara existência. Não perderei mais tempo insistindo no caos, insistindo na turbulência, explicando passos que preciso dar. Minha felicidade hoje é questão de ser, ser comigo, ser pra mim, ser pros meus. Sem cobranças, sem loucuras, sem ciúmes. Sou feliz hoje, porque quis assim. E disso eu não abro mão, por ninguém. 


Renata Oliveira

sexta-feira, 27 de março de 2015

Não tenho a mínima noção nem qualquer certeza do que virá a partir de agora, agora, agora...

Vivo em mim a todo o instante passando pela relação ora ordinária, ora caótica da minha própria existência e co-existência nesse mundo que gira e nessa vida no chão regado de asfalto. Escrever seria como patinar com segurança num gelo fino, tocar um instrumento com a leveza de um sentimento, bater ao pano da esperança de se sobressair à própria miséria e à habilidade de se fazer miseráveis. Não existe um dia em que não sinto necessidade de mandar à vala uma quantidade enorme de julgamentos. A todo momento penso e em seguida, vem um valor, um juízo, uma sentença, um ponto de vista ou até mesmo uma “visão das coisas” invadindo o meu universo intimista e me faz ficar literalmente agarrado tentando sair dessa embaraçosa coisa que é dar conceitos e ter certeza racional para todas as coisas que podem existir no aqui e no agora. Por isso, escrever deveria ser como um jazz, não uma ciência, uma razão, uma peça da vaidade. Tathāgata! Tathāgata! Tathāgata!
Nesses momentos constantes em que a verdade se apodera do meu objetivo pontual que é bater o dedo na porra da máquina e fazer sair no papel o vômito ou o vinho do meu espírito, penso que muito das coisas que realmente podem importar nada mais são do que meros acasos em que a noção de natureza supera a de destino. Fico intrigado como alguns conseguem organizar tudo isso fora de si. Como montam coisas e ali, na matéria, dividem o que cada ser inanimado deve ter que fazer para que tudo funcione de forma mais harmônica para assim, no final das contas, para que aquilo que tinham pensado antes tenha se tornado não o desejo, mas o objeto desse desejo iniciado não se sabe quando, nem se sabe onde, mas que deixou a obscuridade da mente profunda e se deu para a razão e em seguida, serviu de ração para a própria ação.
Desisti de ficar lutando cegamente para superar o escritor morto que me motiva. Ele é como um cão que não gosta de outra coisa que não a linguiça que o serviram na casa anterior. Não há chance de aparecer outra coisa, ele não vai conseguir comer. Passei um tempo tentando negociar com esse espectro a possibilidade de superar a necessidade de ficar pensando sempre como se ele estive também pensando. É que no meu pensar, é como só fizesse razão tentar pensar como ele. Não escuto vozes, muito menos meus dedos escrevem sozinho. Sou eu, sim. Sim, sou eu quem escreve. São minhas angústias, minha falta de organização e pior, minha obrigação motoras, não sensitivas. Ele escreve ao meu lado, em uma outra máquina fora desse tempo e sem a necessidade de se transfigurar. Mas ele está ali e ali me importuna contando sua história pelo barulho das teclas batendo no metal da máquina de escrever. É terrível – não cômodo, saber que nada que eu tente, que faça, me fará conseguir criar um novo narrador, um novo mestre para o meu próprio aprendiz.
É melhor soltar o dínamo incessante de descalabros do que armazenar a vida em uma constante repetição de esquemas, fórmulas, estéticas. Ou mais: passar metade do tempo do mundo tentando lutar contra a própria flutuação dos conceitos que abarca a natureza das coisas. Umas da maneiras mais idiotas de um escritor ou melhor, do meu escritor, conseguir ficar dias ou meses paralisado é tentar começar criando personagens, cenas, motivações. Ele não sabe nunca em qual lugar a estrada vai dar e isso por um momento, me irritou profundamente. Hoje, escolhi subir em meu esqui e deixar com que o cão me leve. Sei que é o meu peso e meus olhos que sustentam o caminho, mas a força e a motivação nunca pertenceram apenas a essa vida, afinidade, existência.
Jack Kerouac

quarta-feira, 25 de março de 2015

Na vida tudo tem seu tempo, seu valor...

A parte mais difícil, amor. Foi aceitar que você veio da mais bela forma, mas no tempo errado. Se não fosse o tempo, você teria confiado em mim; se não fosse o tempo, nós ainda estaríamos juntos. Sonhei com a casa, com a festa, com o vestido. Sonhei com nossas expressões de felicidade, com nossos convites, com nossa caminhada lado a lado de mãos dadas. Sonhei com nosso filho, com seu nascimento na mais perfeita união. Sonhei. Só que a
vida é agora, e agora não podemos ter isso. Não posso. Não posso fazer do sonho realidade sem antes de tudo lutar, lutar pelo direito de sonhar. Hoje, acordo todas as manhãs e entrego pra Deus minha vontade. Mas todo esse caminho vai depender do meu sucesso, e já não sei se ele vingará a saudade.

Renata Oliveira

segunda-feira, 23 de março de 2015

Antes eu sonhava, agora já não durmo...

Antes eu sonhava com alguém pra acordar no domingo, pra passear no parque, perder as tardes de sábado em frente a TV. Sonhava com quem fosse segurar minha mão na igreja, e no colo de quem eu ia sentar nos churrascos de família. Sonhava com as fotos, com as declarações, com a vida de quem ama o amor mais que a si. Com o amor de quem morreria pelo outro. Eu encontrei o amor, poucas e certas vezes, mas encontrei. O mal do homem é não saber lidar com essa coisa grande e delicada, esse sim que é não, e esse não que tantas vezes é sim. Encontrei o amor, mas ele não veio com o respeito, com a dedicação, com a coragem, com a luta. Eu encontrei o amor puro, louco febril. O amor que tantas vezes me deixou sem dormir, e que mesmo assim, me fez voltar pros braços dele. Mas o problema é, quando o amor não é tratado com amor, vira dor, vira mágoa, angústia. Meus amores foram embora, machucaram, doeram, foram e levaram consigo cada parte de mim que ainda acreditava na luta pelo amor verdadeiro. Não me orgulho disso, querido blog. Até porquê eu sempre fui uma apaixonada nata, e não deixei de ser, só deixei de acreditar. Cada um deles quando partiu carregou consigo uma qualidade ferida minha. O primeiro levou a coragem, o segundo a fé, o último a insistência. Hoje cá me encontro, numa tarde fria e chuvosa tratando do amor como se fosse matéria exata, como conta de mais e menos. O fato é, querido, que já não troco meu sofá no domingo a tarde por possíveis encontros e cinemas, não troco meus caminhos por alguém, não mudo a rota, não mudo o desejo, não busco mais a surpresa, não planejo mais comemorações, viagens. Eu perdi com todos eles aquilo que ainda me fazia ir em frente no amor, eu perdi a coragem, a fé e a insistência em ter e ser de alguém. É tão mais fácil ser só eu, estar na minha solidão pessoal. Não me preocupo mais se entenderam o que falei, se falei errado, se fui grossa. Não me preocupo mais em estar disponível, em superar o meu tempo pra ter espaço pro outro. Por que esperar alguém pra sair, se tenho pernas? Por que ter alguém pra planejar a vida, se tenho meios? Por que esperar por alguém, se nada é tão bom que só pode ser feito a dois? Minha cama, meus livros e meu cachorro são tão mais atraentes que esperar alguém pra viver. Difícil assumir, difícil enfrentar. Mas desisti de encontrar o amor e correr atrás dele, agora ele que me encontre.

Renata Oliveira

Just It


















Não te tocar, não pedir um abraço, não pedir ajuda, não dizer que estou ferido, que quase morri, não dizer nada, fechar os olhos, ouvir o barulho do mar, fingindo dormir, que tudo está bem, os hematomas no plexo solar, o coração rasgado, mas pra você parece estar tudo bem.
Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 20 de março de 2015

De repente, é amor.


E era de gozo, uma mentira, uma bobagem
Senti meu peito, atingido, se inflamar  
E fui gostando do sabor daquela coisa 
Viciando em cada verso que o amor veio trovar.
Mas, de repente, uma farpa meio intrusa Veio cegar minha emoção de suspirar Se eu soubesse que o amor é coisa assim Não pegava, não bebia, não deixava embebedar ♫




Filipe Catto - Saga

quarta-feira, 18 de março de 2015

Eu escolhi a justiça,

"Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrares o Direito em conflito com a Justiça, lute pela Justiça!"
Eduardo Juan Couture
Eu escolhi a Justiça, por mim, pela minha família, pelo meu país. Escolhi o saber e o poder, a ação, a luta. Escolhi o caminho mais difícil, a estrada mais árdua, porque o amor nunca é fácil. E meu coração arde pela Justiça, pelo Direito, pela Paz.

Renata Oliveira

segunda-feira, 16 de março de 2015

"Me banhar nas águas sagradas do mar..."

"A areia é cor de mel quando amanhece. E a cor de mel me faz feliz!"

Quando aquele mar transparente, quase gélido me tocou, soube que tinha que agradecer ainda mais minha existência. Meu Deus, obrigada por aquele momento, obrigada por me renovar na hora certa e por fazer as coisas no Seu determinado tempo. És infinitamente maior que meus sonhos e meus anseios, e és o único capaz de revigorar minhas forças pra uma nova luta. Me trouxestes até aqui, me fez forte, me fez capaz e agora só te peço mais um ano de coragem pra alcançar tudo que está escrito. Pois este, é só o começo as vitórias.

Renata Oliveira

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Liberdade pra dentro da cabeça!

O coração parou de doer, a ausência não existe mais. Estar ali foi de extrema importância pra conclusão da travessia. Vê-los e não sentir sua falta, estar ali e nem cogitar sua presença. O pensamento mudou, agora não é mais uma pena você não estar e sim uma graça. Não pesa. Não preciso me preocupar em estar simpática, em saciar suas carências e mediar a socialização. Não preciso me incomodar com sua cara fechada no sofá ou com seu mal humor desnecessário, preciso, apenas ser eu. Não há alegria maior que acordar e poder existir, na plenitude do meu ser. E sentir que hoje não há nada que me impeça de seguir em frente, de caminhar com a certeza da felicidade de ser só eu. Agora eu só rezo pra Deus me mandar alguém que só acrescente paz, amor, e caminhos. Que ninguém tire essa emoção.

 Renata Oliveira

O meu lugar, foi.

Ainda bate a ansiedade de visitar sua casa todos os anos, Vó. Ainda sinto saudade dos meses infindáveis das férias de verão naquele sítio, que era pequeno pra minha infância insaciável. Vó, eu queria tanto que a senhora não tivesse ido embora, queria tanto não ter que te visitar num túmulo fechado, queria tanto te falar que eu te amo com um amor infinito. Queria ter você aqui só hoje, pra poder te mostrar o quanto você é importante e o quanto faz falta. Por uma última vez jogar baralho e experimentar sua comida perfeita. Mas sabe o que mais dói, Vó? E saber que meus filhos não presenciarão esse sentimento, saber que não conhecerão a sua casa e nossa história. Eles não vivenciarão todas aquelas sensações que me faz, hoje, escrever essa carta. Já não existe a árvore secular da reta, com os nomes de todos os casais apaixonados da família; já não estão na parede o quadro de todos os casamentos da família, a tradicional foto de noiva e noivo; e os panfletos de todas as campanhas da fraternidade atrás da TV? O pé de seriguela do quintal? O de jamelão, o de jaca? As árvores que por tantos anos foram nossas casas e os galhos que em tantas brincadeiras foram nossos quartos? Eles não saberão o que é isso, Vó, e quando eu falar, não entenderão a dimensão da minha saudade. Mas cada um tem sua história, não é mesmo? O meu lugar, repleto de luta  e suor não será o mesmo do deles. A minha saudade também não será a mesma, mas será eterna. Saudade de você, do lugar, da risada alta dos primos e das tardes de sono no sofá marrom ou no chão vermelho da sala. Isso faz falta Vó, e só com sua lembrança isso era permitido. Te amo minha eterna abelha rainha, mãe de todos os meus sonhos.

Renata Oliveira

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Aquele casal...

Sabiam que dariam certo se não fosse tudo o que era. Sabiam que se tudo o que era não fosse de fato, seriam muito felizes juntos. Duas horas deles equivaliam a um mês inteiro de outro casal qualquer. Quanto tempo demorou para perceberem que formariam uma ótima dupla? Não só por fora, mas por dentro também? Daqueles casais que crescem juntos, se incentivam, trocam e admiram um ao outro? Daqueles casais que instigam a mente um do outro a ser mais? Um colorindo a criatividade e convocando a ir além? Um sendo o amor do outro para dar sentido a todo resto que sem amor não vale nada? Desconfio que demoraram muito pouco para perceberem. Entre eles a coisa tudo fluía sem jogos ou entraves, o riso era fácil, o beijo era bom, a cama uma delícia, daquelas onde o desejo amanhece aceso e a memória gosta de relembrar os detalhes. A conversa daquele casal que não seriam dois juntos apenas separados, era rica e não terminava nunca, pedra de toque, ponto de ligação.

Andrea Beheragaray

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

*-*

Me diz ai Senhor, porque Você nunca me mandou a sorte de um amor tranquilo? E porque sempre fui tão fraca pros com gosto de fruta mordida? E lá se vai mais uma parte de mim, da minha ébria juventude. Mais uma parte absurdamente feliz, mas que deixará uma marca de falta e saudade. A vida é isso ai, o trem que chega é o trem que parte e o relógio já bateu pro nosso encontro, assim como bateu tantas vezes pra nos despedirmos. Escrevo essa saudação com lágrimas nos olhos pelo que fomos não podendo ser, mas acima de tudo pela  oportunidade de vivenciar você. Carinho gratuito é coisa rara, vontade e fazer por onde também, que fiquem os sorrisos, as gordices e as eternas palavras alegres. Que fique o que foi bom! 

Renata Teixeira

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Happy Face

"Felicidade é ter o que fazer, ter algo que amar e algo que esperar"

Aristóteles

sábado, 31 de janeiro de 2015

"Quando digo que deixei de te amar, é porque te amo"

Aquela de que o que os olhos não vêem, o coração não sente é mais do que verdadeira. Eu já não lembrava mais de você, daquela dor, daquele sofrimento, daquela esperança e da ultima decepção. Mas você aparece, senta do meu lado, com seu cheiro e sua expressão que tanto gosto. Volta, e me deixa na ilusão de o amor pode superar tudo. Mas não, ele não pode. É cada vez que eu te ver, vai latejar de novo essa cicatriz, e vou lembrar da casa, dos filhos, do caminho que era nosso e de repente não foi mais. 

Renata Oliveira

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Mulher Vermelha

Sobre como passei de simples menina, a dona de mim:
Quando escolhi o Mulher Vermelha como codinome, era apenas uma estupenda paixão pela letra do Cazuza e pelo batom vermelho. Paixão adolescente, coisa de menina. Eu nunca me senti mulher, sempre amei como menina, me vesti como menina, me relacionei como menina. Até tempos atrás. Quem leu o MV vê o quanto evolui, cresci, aprendi. É claro! Mas mesmo com isso, eu não reconhecia que não era mais a garota dos sonhos e desejos inalcançáveis. Agora, era eu a menina com todas as cartas na mão e me tornei mulher, quando as pus na mesa. Foi ali, naquela primeira decisão, naquele primeiro rompimento, na quebra daquele cabaço de escolhas, que eu me tornei o que sou hoje. Uma mulher capaz de escolher o que quer e ir atrás, de dizer sim, mas acima de tudo, dizer não. Mulher que pensa, administra, sorri, chora, bebe, cai, levanta e tudo isso com o batom vermelho do lado, pra não perder a essência. Mulher em fase de amadurecimento, que ainda vai dar muito caldo, muito trabalho, muito orgulho. Eu duvidei, Epicuro, mas minha alegria está chegando. Meus dias de luta sempre existirão, mas as glórias estão chegando também. E hoje, já não falo como a menina que sonhava, mas como a mulher que planeja; ainda soa estranho, ainda é engraçado falar isso, mas a hora chegou. A hora da travessia. 

Renata Oliveira

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Espera o que te alegra!

Mulher é bixo estranho, já dizia Rita Lee. E não é que mesmo? Do nada você surgiu e meu coração brilhou, você encostou e todos os fios do meu corpo se arrepiaram. Você veio, lindo, desenhado, um sonho. E ali se plantou. Você brotou de um sentimento puro, cúmplice, altruísta. Você vingou dos sorrisos, dos olás, de cada dia que passou. Você simplesmente se tornou motivo pra eu sorrir. Mas, na qualidade de mulher bem resolvida e esclarecida, eu não quis me apaixonar por você. Eu te disse pra ser feliz, pra seguir seu caminho. Mas eu me perguntei todos os dias como você estaria. Eu quis não me apaixonar por você, mas eu já te amava naquele momento. O toque, o beijo, o encontro. Tudo seria perfeito. E eu te esperei, com o coração ansioso, e com a mente perturbada. Mas te esperei, e até que essa alegria morra dentro de mim. Vou te esperar. 

Renata Oliveira

sábado, 3 de janeiro de 2015

Posso até gostar de alguém, mas é você que eu amo (8)

Ele jamais entenderá o quanto eu o amei, o quanto foi difícil permanecer do lado dele, o quanto foi intenso e real. Ele jamais saberá que eu largaria tudo pra estar com ele, e que aqueles sonhos nasceram e morreram pelo beijo dele. Amei, com a fissura de um viciado e não deixei de amar um minuto se quer. Mas porque mentiu? Porque iludiu? Porque meu sonho bom se tornou meu pior pesadelo? Porque ele tinha que ser assim? Rude, falso, egoísta? Porque ele não entendeu que eu viveria pra ele se ele apenas acreditasse? Porque ele preferiu o mau a paz de estar comigo? Eu não entendo, está fora da minha capacidade. O sol, os sonhos, meus lugares preferido, o cheiro do meu protetor solar. Tudo, absolutamente, me traz ele de volta. Ele, que quis ir embora. Que quis ser o certo, o bom, o correto, e acabou por nos fazer infelizes. Engraçado é que é seu nome que tenho vontade de chamar, seu número que tenho vontade de discar. É isto, é o que tenho que esquecer.

Renata Oliveira



Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.