➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

sábado, 31 de janeiro de 2015

"Quando digo que deixei de te amar, é porque te amo"

Aquela de que o que os olhos não vêem, o coração não sente é mais do que verdadeira. Eu já não lembrava mais de você, daquela dor, daquele sofrimento, daquela esperança e da ultima decepção. Mas você aparece, senta do meu lado, com seu cheiro e sua expressão que tanto gosto. Volta, e me deixa na ilusão de o amor pode superar tudo. Mas não, ele não pode. É cada vez que eu te ver, vai latejar de novo essa cicatriz, e vou lembrar da casa, dos filhos, do caminho que era nosso e de repente não foi mais. 

Renata Oliveira

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Mulher Vermelha

Sobre como passei de simples menina, a dona de mim:
Quando escolhi o Mulher Vermelha como codinome, era apenas uma estupenda paixão pela letra do Cazuza e pelo batom vermelho. Paixão adolescente, coisa de menina. Eu nunca me senti mulher, sempre amei como menina, me vesti como menina, me relacionei como menina. Até tempos atrás. Quem leu o MV vê o quanto evolui, cresci, aprendi. É claro! Mas mesmo com isso, eu não reconhecia que não era mais a garota dos sonhos e desejos inalcançáveis. Agora, era eu a menina com todas as cartas na mão e me tornei mulher, quando as pus na mesa. Foi ali, naquela primeira decisão, naquele primeiro rompimento, na quebra daquele cabaço de escolhas, que eu me tornei o que sou hoje. Uma mulher capaz de escolher o que quer e ir atrás, de dizer sim, mas acima de tudo, dizer não. Mulher que pensa, administra, sorri, chora, bebe, cai, levanta e tudo isso com o batom vermelho do lado, pra não perder a essência. Mulher em fase de amadurecimento, que ainda vai dar muito caldo, muito trabalho, muito orgulho. Eu duvidei, Epicuro, mas minha alegria está chegando. Meus dias de luta sempre existirão, mas as glórias estão chegando também. E hoje, já não falo como a menina que sonhava, mas como a mulher que planeja; ainda soa estranho, ainda é engraçado falar isso, mas a hora chegou. A hora da travessia. 

Renata Oliveira

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Espera o que te alegra!

Mulher é bixo estranho, já dizia Rita Lee. E não é que mesmo? Do nada você surgiu e meu coração brilhou, você encostou e todos os fios do meu corpo se arrepiaram. Você veio, lindo, desenhado, um sonho. E ali se plantou. Você brotou de um sentimento puro, cúmplice, altruísta. Você vingou dos sorrisos, dos olás, de cada dia que passou. Você simplesmente se tornou motivo pra eu sorrir. Mas, na qualidade de mulher bem resolvida e esclarecida, eu não quis me apaixonar por você. Eu te disse pra ser feliz, pra seguir seu caminho. Mas eu me perguntei todos os dias como você estaria. Eu quis não me apaixonar por você, mas eu já te amava naquele momento. O toque, o beijo, o encontro. Tudo seria perfeito. E eu te esperei, com o coração ansioso, e com a mente perturbada. Mas te esperei, e até que essa alegria morra dentro de mim. Vou te esperar. 

Renata Oliveira

sábado, 3 de janeiro de 2015

Posso até gostar de alguém, mas é você que eu amo (8)

Ele jamais entenderá o quanto eu o amei, o quanto foi difícil permanecer do lado dele, o quanto foi intenso e real. Ele jamais saberá que eu largaria tudo pra estar com ele, e que aqueles sonhos nasceram e morreram pelo beijo dele. Amei, com a fissura de um viciado e não deixei de amar um minuto se quer. Mas porque mentiu? Porque iludiu? Porque meu sonho bom se tornou meu pior pesadelo? Porque ele tinha que ser assim? Rude, falso, egoísta? Porque ele não entendeu que eu viveria pra ele se ele apenas acreditasse? Porque ele preferiu o mau a paz de estar comigo? Eu não entendo, está fora da minha capacidade. O sol, os sonhos, meus lugares preferido, o cheiro do meu protetor solar. Tudo, absolutamente, me traz ele de volta. Ele, que quis ir embora. Que quis ser o certo, o bom, o correto, e acabou por nos fazer infelizes. Engraçado é que é seu nome que tenho vontade de chamar, seu número que tenho vontade de discar. É isto, é o que tenho que esquecer.

Renata Oliveira



Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.