➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

sábado, 30 de maio de 2020

Meu amor,

Diadorim, meu amor…”, como é que eu podia dizer aquilo? Como é que o amor desponta? O coração cresce de todo lado. Diadorim tomou conta de mim, de repente eu estava gostando dele num descomum, gostando ainda mais do que antes, com meu coração aos pés. E dele o tempo todo eu tinha gostando. Amor que amei e daí então acreditei. Diadorim deixou de ser nome e virou sentimento meu. Aquilo me transformava, me fazia crescer de um modo que doía e prazia… naquela hora se eu pudesse morrer não me importava. Amor desses cresce primeiro, brota é depois. No fim de tanta exaltação, meu amor inchou de empapar todas as folhagens e eu ambicionando de pegar em Diadorim, de carregar Diadorim em meus braços, beijar as muitas, demais e vezes, sempre. Eu abracei Diadorim com as asas de todos os pássaros. Diadorim é minha neblina. Amor é a gente querendo achar o que é da gente. 

Guimarães Rosa 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Manifestos



Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.