Quando era adolescente eu queria um amor, queria amar. Amei cedo, me dediquei à paixão e a construção do amor, era feliz mesmo na infelicidade, porque convencida pelos filmes e pelas novelas, tudo ia melhorar depois, uma hora meu amor ia se dar conta do meu esforço e me amar. Me pergunto como alguém ousou querer isso um dia, como alguém quis tanto se machucar,e entendo porque hoje o amor é uma palavra tão distante. Eu lembro do nosso primeiro encontro, lembro da paixão, lembro que tudo era motivos para nos vermos, lembro dos planos, das noites, dos porres, lembro do sexo, do amor, da sinceridade. Eu lembro muito de você, não vou esquecer, mas lembro também da dor, das feridas, das palavras, das separações e das voltas esperançosas, destruídas pela nossa realidade, nunca mudaremos. Eu nasci pra ser livre, você nasceu pra ser prisão. Eu quis responder que a saudade também batia em meu peito, eu quis te ver, mas a gente se conhece, sempre fazemos tudo errado. Prefiro guardar você aqui, com as referências boas, com as saudades boas, as coisas ruins eu só lembro pra não cometer o erro de voltar correndo pros seus braços.
Renata Oliveira
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