Eu passei tanto tempo andando no escuro, tanto tempo acreditando que ia dar certo. Tanto, que aquele fogo que um dia iluminou a vida de todos, se findou. Sim, sobrou algo, cinzas. Frias e amargas. Não desejo mais o vestido branco, não acredito mais na pura santidade de alguém. Não quero mais a carreira amada. O sonho já não me seduz como antes. E tristemente fiquei assim, rígida até com o que me era mais importante. Dos interesses mais distantes aos meus planos mais apaixonados. Tudo virou questão de conveniência. O corpo virou objeto, a alma, algo ignorável. Eu virei aquilo que mais abominei. Nos tornamos tão rudes com a gente, que mesmo o grande amor que nos une, nada mais significa. Ainda damos mais valor aos nossos podres valores, ainda nos importamos com tudo que nos machucou. Eu me importo. E hoje, quando o amor se dá pra mim de uma forma tão singela e apreciável. Tenho medo. Medo de não notá-lo, de deixá-lo ir, de agir mal com ele. Mas é bom, eu to feliz. Mas é ruim, já não vale mais a mesma coisa. Perdoe-me amor, perdoe-me pela fria postura que assume diante de tudo que me cerca. Perdoe-me por reconhecer e não dar-te a devida atenção. Não tem mais poesia em mim. Ela também fugiu. E palavras me faltam pra expressar o quanto és importante. O quanto és amado.
renatinhaot
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