➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

domingo, 4 de agosto de 2013

Não quero que dê o braço a torcer, quero que me dê o braço para andar de mãos dadas.

Peguei seu marcador de página, aquele que estava em meu livro quando você não me conhecia ainda, e seguro como se fosse um terço pela casa. Aperto com vontade entre os dedos. 

Não sai de você nem um momento dos últimos dias. Sou uma correspondência fechada em seu nome. 

Nada pode nos afastar. Não será a inveja. Não será a pressão. Não será o medo. Não será a precipitação. Não será a raiva. 

Nada pode nos separar, a não ser a nossa vontade.

Não consigo visualizar viver distante. Viver alheio. 

Amar é nunca acreditar na separação. 

Se esfaqueasse minhas roupas, eu compraria outras.

Se queimasse meus livros, compraria outros.

Se você quebrasse meu celular ou meu computador, compraria outros. 

O amor é raro. Já o resto é substituível e passa. 

O amor é algo tão difícil, não tem como menosprezar sua importância.

Não posso compactuar com a ideia de que não devemos perder tempo lutando por alguém. Você merece toda a minha insistência.

O amor não é fútil. O amor não é uma tolice. O amor não é descartável. O amor não é um jogo de sedução. 

Temos a responsabilidade de não menosprezar a intimidade. A intimidade é um milagre. O que temos jamais irá se repetir. 

Enquanto me amar, não desisto. 

Eu não posso amar por dois, posso amar por três, quatro, cinco, o que precisar para retribuir seu olhar. 

Não quero que dê o braço a torcer, quero que me dê o braço para andar de mãos dadas.

Venha, por favor!
FC

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Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.