➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

é frio e triste ;

Como tudo, em questão de meses pode mudaar. Meu rosto traz marcas que não escondem a tormenta pela qual passei. O sofrimento acabou, mas aquela dor de sentir apenas o vazio está em mim. Os dias passam e tudo tende a mudar, agora, a retroceder. O sentimento de amor que existe em mim, nada mais é do que gratidão, uma gratidão fétida. Minha poesia parece querer voltar, algumas palavras já me fazem sentido, é triste ver que coisas e pessoas que tanto amei não significam mais nada, só o fracasso. Ninguém sabe o quanto é frustrante olhar os planos em que tempo e sentimento foram investidos, dando no vácuo da hipocrisia. Olho e releio tantas palavras escritas aqui; palavras vazias, tão poucas com um décimo de certeza, eu só tinha consciência da dor que eu estava sentindo, do resto, nem se quer me recordo. E hoje? Nada se compara a solidão do vazio, da falta, da angustiante inércia, nada. Aquela agonia que me consumia antes ainda era algo a se sentir, algo que me ocupava tempo e pensamento, e que acabou, também, junto com amores eternos e infindos. Como somos capazes disto ? Seguimos nossas vidas vazios, marcados, feridos; mas seguimos mesmo assim, sem nada a dizer e a falar. Destruimos nossa felicidade, a chance de sermos completos e sem lembranças amarguradas, mas fomos e ainda somos egoístas medíocres e masoquistas, começo a me arrepender do amor. Aliás, por quê agora precisava refletir sobre isso ? Porquê eu vi aquele que talvez eu mais tenha amado, trocamos um olhar frio e triste, um olhar que dois estranhos que não tivessem nada em comum, dariam um ao outro. Me mato pouco a pouco, já não há mais uma razão para seguir, mas sigo porque ainda tenho obrigações à cumprir. A realidade nos decepciona. Renata Oliveira

4 comentários:

  1. Há um poema de Miguel Torga que talvez tenha a ver um pouco o que se passa consigo...

    "De seguro,
    Posso apenas dizer que havia um muro
    E que foi contra ele que arremeti
    A vida inteira.
    Não, nunca o contornei.
    Nunca tentei
    Ultrapassá-lo de qualquer maneira.
    A honra era lutar
    Sem esperança de vencer.
    E lutei ferozmente noite e dia,
    Apesar de saber
    Que quanto mais lutava mais perdia
    E mais funda sentia
    A dor de me perder."

    De qualquer modo, o poeta fala na honra de lutar, e é precisamente na luta que se forjam muitas e novas situações.
    Lute!

    beijo :)

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  2. Oba di Obla da

    kkk

    Eu estou apagando meu fogo com gasolina

    kkkk

    Nunca esquecerei kkk

    Muita foda essa guria

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  3. pra mim, quando amamos alguém, damos a essa pessoa o direito de nos magoar... É um risco que temos de correr.

    LucasRolim ^^.

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  4. Obg AC, gostei do poema. Lucas, nem é só de amor, tudo, tudo me frustra ;s Valeu pela visita !


    abraç

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Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.