Reticências.. nos levam a que ?
A memória que não queremos ter, a sentimentos que escondemos ou até a situações desprezadas por nós mesmos...
Podemos até disfarçar, mas quando em nossos pensamentos fica a reticência da dúvida, tudo muda, são milhares as possibilidades.
A dúvida nos abre e também fecha muitos caminhos, nos tira e nos dá a liberdade, ela é complexa e depende muito de como você vai usa-la ou deixar-se usar.
Hoje elas representam quase o inteiro de meus pensamentos, elas são amigas intimas, presente nos atos mais simples e também nos mais elaborados.
Elas estão ali, como as incógnitas da equação que eu não deixo antes de haver uma solução.
Elas podem me tirar o sono e me corroer durante dias infindáveis, mas no fim eu as decifro, acabo com todo o tormento e me vem a alegria e conseqüentemente, mais dúvidas.
Acho que essa é a vida, o nunca desistir, o superar.
O que seria dos meus dias monótonos ? O que seria da minha vidinha as vezes, tão medíocre ? Se não fosse elas ? As incógnitas, os x’s, as questões insolúveis ? Elas me fazem viver...
... elas alimentam as horas de insônia e até mesmo das horas inconscientes.
Elas me tiram a concentração nas aula de Física que as vezes me saturam. Elas me fazem acordar chorando e rezando alto no meio da madrugada fria.
As vezes, (confesso aqui), eu as tenho com muita raiva e decepção.Mas como já foi escrito, o que seria da Renata sem elas ?
Mesmo que eu as odeie profundamente durante minutos, horas, dias, semana ou pior até anos, mesmo eu querendo aniquila-las de maneira que não sobre mais nenhuma, sem elas minha vida seria ainda mais insignificante.
Ao menos com elas, eu tenho motivo para filosofar, de maneira intensa e incessante, de maneira imensurável.