➸ Mulher Vermelha ♥

Cada vez que escrevo um bom poema é mais uma moleta que me faz seguir em frente.

domingo, 20 de junho de 2010

Eu peço mais uma vez

Eu peço força pra Deus toda hora, forças pra não desabar, pra não me fazer morrer. É a única coisa que ainda ouso pedir. Eu aguentei o fim de semana inteiro.Explodi. Me ligaram, perguntaram se eu estava realmente bem, mas uma grávida não se deve assustar. Eu senti falta de você, pra trocar um e-mail. Isto é tortura, estão me marcando a ferro e fogo, estão me fazendo sangrar incessantemente. Eu sou tão ruim assim ? Mereço tantas e tamanhas traições ? Eu acreditei em 11 meses de amor, um amor tão distante, tão presente. Eu o vi se esvair. Eu sou tão hipócrita a ponto de merecer isso ? Até os amigos, os amigos que eu tanto amei, que eu considerava irmãos e irmãs. Eu pergunto pra eu mesma, se minha futilidade é tão grande e em tal demasia, que justifique isso. O que eu sinto agora não é saudades, não é ódio, não é raiva. É medo do que ainda pode vir. Medo do que passou, que pareceu tão verdadeiro e foi assim, frívolo. Medo de prosseguir, medo de esquecer, medo de ser a melhor das pessoas. Eu sou sim, auto suficiente. Eu me amo, mas tenho o defeito de amar as pessoas, de ser sincera com elas, de não fingir, de não enganar. Talvez esta minha qualidade deva ser obscurecida, mas não seria eu... ... Eu li um e-mail, um dos tantos, que só me fez desabar mais ainda. Eu peço, ou ouso com todo a minha miséria, minha futilidade e fragilidade pedir pra Deus cuidar de mim agora, não me deixa fazer nada de ruim, não deixe eu me tornar errada, me ajuda, me da forças, que assim eu não vou conseguir. Era algo tão sincero, tão bom, e disso eu sai com saldo negativo. Eu não queria escrever isto, aqui. Mas é isso, ou a insanidade de vez, esta que me ronda a tanto tempo, que me deixa tão incapaz. Eu tenho esperanças em tudo de novo que está a caminho, ela é a ultima que morre ? Acho que ela é quem me faz continuar viva, quem me faz continuar respirando mesmo que por pura obrigação. Eu não quero padecer, não quero morrer por mim assim. Eu tenho tanta coisa pra viver, tantos projetos a realizar... não posso acabar assim. Tudo podia ter um fim fácil, livre da dor, da consternação, da loucura que me aflige. Renata Oliveira

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Manifestos



Essas palavras que eu escrevo, me protegem da completa loucura.