Pediram pra eu me acalmar, por que vai chegar uma hora que analgésicos não vão servir como calmante.
Eu falo dos outros, mas o que eu estou fazendo comigo mesma ?
Eu estou me condenando.
As diferenças (por sorte) ainda não estão aparentemente visíveis, eu emagreci um pouco e ando mais branca, mas nada assustador.
Porém emocionalmente a situação se complica.
Justo agora, neste momento eu tinha que querer desistir ?
Eu quero ir embora, 600 km de distância devem adiantar, não querem me deixar ir.
Será que ainda querem me ver padecer mais ?? Já não é suficiente ?
Eu tenho outra lícita, eu uma ilícita... Mas não quero ter usar uma delas.
Eu quero fugir, enquanto há tempo.
Meu coração nunca bateu desta forma, ele quase para as vezes, ele falta sair pela boca.
É tão triste perder os amigos e amor que você mais apreciava, é tão triste ter que passar por isso.
Essa dor não tem comparação, nenhuma maior, nenhuma.
Eu vou deixar a nostalgia fluir em mim, não vou suportar, vou chorar, gritar e espernear.
Eu quero que isso passe logo, meu corpo já está se acostumando com os analgésicos, vou ter que partir pra algo proibido pra menores.
Por mim eu nem acordava mais, mas a vida segue, a vida prossegue, eu continuo aqui, com a minha capacidade de mudar tudo, e minha vontade de ficar parada.
Será que ainda há tempo de sair de São Paulo ?
Se for preciso eu espero até o fim do ano, mas agora começam as dificuldades, minha sobrinha está vindo, eu tenho provas, eu tenho muita coisa ainda... Não posso sair.
Talvez minha sanidade e sensatez estejam realmente comprometidas.
Eu to desistindo.
Renata Oliveira
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